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Professor Titular aposentado do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).
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Longe de casa, distante das esposas, filhos e netos, na solidão das estradas, os caminhoneiros convivem com os perigos inerentes ao ofício, levando consigo a saudade como companheira.
Percorrendo longos percursos, esses verdadeiros heróis acumulam muita experiência e sabedoria, algumas das quais sintetizadas em frases exibidas nos para-choques e na parte de trás das carrocerias dos caminhões.
Os exemplos dessas frases são variados; mas, para não me alongar, citarei apenas algumas: “Amigos verdadeiros são poucos”; “ A inveja é a arma dos incompetentes”; “Deus no comando, eu na direção”; “Dinheiro compra o carro, mas não a direção certa”; “Viva a sua vida e deixe a dos outros”; “Se ferradura desse sorte, burro não puxava carroça”; e “Não respeito os seus cabelos brancos, pois os canalhas também envelhecem”.
Desde cedo, passei a prestar atenção nesses aforismos exibidos pelos caminhoneiros em seus veículos. E, dentre tantas frases profundas, jocosas e filosóficas, uma ficou gravada em minha mente como um conselho útil a ser seguido: “É melhor ter inimigos do que ter falsos amigos”.
De fato, a frase “É melhor ter inimigos do que ter falsos amigos” carrega em si uma sabedoria profunda sobre a importância da autenticidade nas relações interpessoais. Pois, o ideal na vida é ter amigos e não inimigos. Adversários, talvez. Inimigos, não.
No entanto, nem sempre essas relações interpessoais ocorrem como gostaríamos e, por mais desagradável que seja, talvez seja mais fácil lidar com inimigos do que conviver com falsos amigos. Porque, uma vez declarados, os inimigos são claros em suas intenções. Eles não escondem o desagrado diante da nossa presença, o que nos permite ficar atentos a uma eventual investida.
Por outro lado, os falsos amigos representam um perigo sutil e insidioso. Eles agem como lobos em pele de cordeiro. Na nossa frente, fingem ser confiáveis e leais. Pura falsidade. Na nossa ausência, eles espalham boatos falsos a nosso respeito e torcem em segredo pelo nosso fracasso.
Esses “amigos da onça” são invejosos e estão sempre dispostos a trair a nossa confiança e a sabotar as nossas relações familiares, profissionais e sociais, drenando as nossas energias e criando em torno de nós em ambiente de insegurança e desconfiança.
Por isso, é preciso ter cuidado ao lidar com pessoas invejosas e falsas, pois algumas delas podem ocultar sentimentos e distúrbios emocionais que podem levá-las a acumular, por anos, ressentimentos em relação ao sucesso ou às conquistas dos outros, ou, ainda, levá-las a adotar comportamentos inadequados e até mesmo cometer atos extremos.
Eis porque é importante ter discernimento ao separar o joio do trigo. Os amigos verdadeiros apoiam nossas conquistas e ficam felizes com nosso sucesso, enquanto pessoas falsas ou invejosas podem fingir, mas um dia acabam demonstrando o contrário, exibindo a verdadeira face por trás da máscara que oculta o lado obscuro e perverso de suas personalidades.
Portanto, precisamos ser seletivos em nossas amizades. Convém não nos deixarmos iludir com a primeira impressão e observar com atenção atitudes e comportamentos, mantendo-nos atentos aos sinais de falsidade e inveja, pois “o corpo fala” não apenas pela boca. Um abraço, um olhar e um aperto de mão podem “dizer” muita coisa. Se o “sinal amarelo” acender, acredite na intuição e não caia nas artimanhas dos falsos amigos!
Atenção: Os artigos publicados no ParaibaOnline expressam essencialmente os pensamentos, valores e conceitos de seus autores, não representando, necessariamente, a linha editorial do portal, mas como estímulo ao exercício da pluralidade de opiniões.
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