A SAF está batendo à porta…

Os tradicionais clubes de futebol de Campina Grande amargam resultados dentro de campo já faz um bom tempo. São entidades centenárias que se arrastam em suas dificuldades financeiras, sem caixa e sem rumo.

O Campinense foi fundado há mais de 100 anos e conquistou menos de 20 títulos estaduais. O Treze, também centenário, tem menos conquistas ainda. Logo, nada surpreende de que este ano tenham ficado dentro do óbvio ululante, como diria o saudoso Nelson Rodrigues.

Mas o que alenta aos lúcidos, é de que um deles – o Treze – está trilhando um caminho pra evitar um colapso iminente. E o desembarque aponta para a transformação do clube em SAF – Sociedade Anônima do Futebol.

A atual gestão, comandada com esmero por Arthur Bolinha, mesmo com déficit na relação receita/despesas correntes, equalizou obrigações trabalhistas e sociais até chegar a RJ, a recuperação judicial, condição sine qua non pra esse objetivo.

Por isso está a um passo para mudar de patamar e escrever uma nova história. Possui sim débitos importantes, mas seu capital humano e imobilizado tem despertado o interesse de investidores. No Brasil mais de 60 clubes se transformaram em SAF. Entre eles, Botafogo do Rio, Vasco, Cruzeiro, Atlético Mineiro, Bragantino, Bahia, Santa Cruz e América de Natal.

Caso os investimentos ocorram, com empresas afeitas a esse mercado, tanto Treze quanto Campinense, dentro de quatro ou cinco anos podem compor novamente as principais divisões do futebol brasileiro. Até o Amigão vai voltar a ser o que era há 40 anos. E vai precisar aumentar as cadeiras da sala.