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Dom Delson

Dom Delson

Arcebispo Metropolitano da Paraíba.

A Igreja guarda o feliz anúncio que nunca passará!

Por Dom Delson
Publicado em 14 de dezembro de 2024 às 16:00

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O Tempo do Advento, ao longo das duas primeiras semanas, colocou a atenção do nosso coração para a reflexão da Segunda Vinda de Nosso Senhor. Ele virá um dia para nos buscar. Ele, que é o mais forte, mas que se fez frágil na pobreza de uma Manjedoura.

O Evangelho deste 3º Domingo do Advento apresenta novamente a missão de João Batista. Um pregador austero que exorta a chegada próxima e alegre do Messias, nosso Salvador.

Estamos a poucos dias da celebração do Mistério da Encarnação de Nosso Deus. O Natal do Senhor está chegando! A cidade se enche de luz, às crianças são contadas a grande história do amor de Deus pela humanidade. Uma história que não passa!

Contudo, ainda estamos no tempo de preparação, ainda é advento, e neste domingo, celebramos o dom da alegria. Não uma alegria excessivamente ostensiva, dispersa e fantasiosa, mas uma alegria que nasce da convicção de se estar unido ao verdadeiro Deus: o Deus que está próximo e que Se fez Menino para nos salvar.

No coração dos mais pobres, Deus quer habitar. Mostrando que a força do amor mora na simplicidade. É no coração pobre e humilde que Deus acende a centelha da felicidade para o mundo inteiro. A cada dia que passa, somos empurrados para uma cultura da pós religião.

Ou seja, Deus tem sido tirado da pauta do dia desse tempo. Este tempo de preparação do Natal do Senhor também pode nos ajudar a melhorar nossas atitudes de cristãos. Como cristãos, será que anunciamos com a vida a prioridade de Deus? Será que o sentido de nossa alegria nasce da fé em Cristo?

Ou será que estamos nos tornando adeptos dessa pós religião que descarta Deus e coloca as falsas necessidades humanas no centro de tudo? São perguntas que devem ser interiorizadas e confrontadas, todo cristão deve fazê-las com o fim de anunciar unicamente Jesus Cristo.

A cultura pode se paganizar, mas resistiremos e nos apoiaremos nas palavras emblemáticas do Papa Francisco: “A Alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus (…) Com Jesus Cristo, renasce sem cessar a alegria”.

O presépio de Natal, que apresentamos ao mundo, não é um aglomerado de imagens empoeiradas pelo tempo e nem é uma mensagem cansada e repetitiva da Igreja para “doutrinar”, como assiduamente nos acusam os que dizem não terem fé.

O presépio diz sobre um amor, sobre uma Pessoa: o amor extremado do verdadeiro Deus que desceu do céu para estar com os pecadores.

Não devemos nos calar diante de tanto paganismo e zombaria de fé; mas antes de tudo, precisamos pedir a graça de Deus de nos encantar novamente com a simplicidade de quem contempla o presépio e vê ali o quanto Deus, que Se abaixou na simplicidade de um curral, a todo instante nos ama.

Que Nossa Senhora, a Mãe da verdadeira alegria e fé, nos auxilie neste tempo de advento. Que através do olhar Dela, nossas atitudes sejam fortalecidas para anunciar sempre que Deus não está no passado medieval e nem é uma crença dos tempos em que não havia o progresso da ciência.

Deus é sim o sentido de quem crê, e essa convicção faz nascer a alegria que ninguém e nada no mundo podem nos roubar. A Igreja de Cristo guarda o feliz anúncio que nunca passará!

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