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Alexandre Moura

Alexandre Moura

Engenheiro Eletrônico, MBA em Software Business e Comércio Eletrônico, Diretor da Light Infocon Tecnologia S/A e Diretor de Relações Internacionais da BRAFIP – Associação Brasileira de Fomento à Inovação em Plataformas Tecnológicas.

A Fetec e os 40 anos do PaqTc-PB

Por Alexandre Moura
Publicado em 3 de outubro de 2024 às 9:30

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Dando continuidade e finalizando, a “série de relatos” sobre ações/iniciativas da Fundação Parque Tecnológico da Paraíba (PaqTc-PB), quando se aproxima a comemoração dos 40 anos da entidade, que acontece em dezembro próximo, relembro a FETEC – Feira de Tecnologia de Campina Grande.

A FETEC era uma exposição anual de C&T (Ciência e Tecnologia) que apresentava produtos, invenções e pesquisas desenvolvidas em Campina Grande, tanto pelas empresas de base tecnológica locais, quanto nas universidades sediadas na cidade.

Escrever sobre a FETEC é colocar a “cereja no bolo de aniversário” do Parque Tecnológico.

A primeira edição da feira, aconteceu em 1988 (4 anos após a criação do PaqTC-PB) e foi realizada na “Pirâmide do Parque do Povo”, local onde é realizado, no mês de junho de cada ano, o “Maior São João do Mundo”, tradicional festa junina conhecida mundialmente.

Da segunda edição (1989) em diante, o evento passou a ser realizado na “Casa de Shows Spazzio”.

A FETEC e os 40 Anos do PaqTc-PB (II)

Durante o evento, tinha-se uma boa mostra do “elo pesquisa/indústria” e seus desdobramentos futuros, muitas vezes “suportados” pelos agentes de apoio e financiamento que sempre estavam presentes, a exemplo da FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos), CNPq, SUDENE, SEBRAE e Bancos de fomento, como o Banco do Nordeste. E também, é claro, a participação das universidades UFPB “Campus II” (depois UFCG) e UEPB, Governo do Estado e Prefeitura Municipal de Campina Grande.

“Pela grandiosidade e importância alcançada, a FETEC foi registrada no calendário de eventos do Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores)” e representou um movimento que propiciou as empresas de tecnologia da região, “aparecer” para o mercado nacional e internacional, além de movimentar a economia da cidade (hotéis, serviços e comércio).

Em todas edições, a FETEC foi um espaço privilegiado para a articulação de parcerias, entre a “tríplice hélice” (Empresas, Academia e Governo), sendo expostos os resultados oriundos de investimentos públicos e privados, em CT&I (Ciência, Tecnologia e Inovação) e os seus impactos na sociedade. A FETEC faz falta!

A Importância dos “Ecossistemas de Inovação”

“Aproveitando o tema FETEC”, que apresentava muito bem a “inovação local”, acho oportuno destacar a importância dos Ecossistemas de Inovação para o desenvolvimento de uma cidade, região e/ou estado. Na sua essência, os Ecossistemas de Inovação criam um fluxo contínuo de informações e recursos (sejam eles financeiros, “organizacionais” e especialmente, humanos), para que as ideias se transformem em projetos e ações. Impactando assim, de forma extremamente positiva, o desenvolvimento econômico e social da “região influenciada” por eles.

Além disso, a participação/engajamento no Ecossistema é um processo transformador para os empreendedores e instituições locais que com o tempo, passam a desenvolver e lançar alternativas bem interessantes (muitas vezes através de Startups, que criam empregos e novas oportunidades de negócios) com “o objetivo de resolver problemas do mundo real, de forma mais eficiente e inovadora”.

O SEBRAE-PB, por exemplo, tem um projeto em andamento para incentivar e apoiar, os cinco Ecossistemas existentes (ou em formação/consolidação) na Paraíba (nas cidades de Campina Grande, João Pessoa, Guarabira, Sousa e Cajazeiras). Estando previsto para 2025, a “entrada” de mais duas cidades/regiões no projeto.

A Importância dos “Ecossistemas de Inovação” (II)

O SEBRAE e as entidades (públicas e privadas que estão envolvidas) e o empresariado, já visualizaram as inúmeras vantagens e benefícios, que um Ecossistema de Inovação trás para uma localidade.

Ele ajuda e fornece os meios para dar estabilidade econômica na região, minimiza os riscos e possíveis custos da inovação local, facilita o processo (da inovação) desde a ideia até o mercado (através do compartilhamento recursos humanos, financeiros e de networking), incentiva e facilita a criação de Startups. Só para citar algumas dessas vantagens.

Lembrando também que, essas “vantagens se estendem a toda a sociedade que vive e prospera nesse ambiente”, pois “estar em um local inovador que estimula e apoia o empreendedorismo, é muito importante tanto para as empresas quanto para comunidade, particularmente para os jovens”.

Este é exatamente o espírito que “move/alimenta” o “E.InovCG” (Ecossistema de Inovação de Campina Grande – instagram.com/e.inovcg/), cujo “Propósito Transformador é Conectar Pessoas para Impactar Positivamente Campina Grande através da Inovação”.

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