Voto diferenciado
Foto: Leonardo Silva/ ParaibaOnline
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´Bota fora´
O vice-prefeito em exercício de João Pessoa, Léo Bezerra (PSB), formalizou as exonerações de lideranças do Progressistas que ocupavam cargos de confiança administração municipal.
Virgínia Maria Peixoto Velloso Borges (mãe do deputado Aguinaldo Ribeiro) foi exonerada do cargo de secretária extraordinária de Políticas Públicas para Mulheres; a presidente municipal do PP, Vaulene de Lima Rodrigues, deixou o cargo de coordenadora geral da Unidade Executora do Programa de Desenvolvimento Urbano Integrado e Sustentável do município de João Pessoa; e Marcela Velloso Borges Ribeiro foi afastada do cargo de chefia da Assessoria Jurídica da Secretaria de Gestão Governamental.
“Morreu”
De sua parte, o ex-prefeito Enivaldo (PP) ´espanou´ o prefeito Cícero Lucena (sem partido): “Para mim, ele já não existe. Nós temos é que cuidar da nossa campanha e ele que vá cuidar da dele. Ele já morreu. Para mim, politicamente, ele não existe”.
“Tiro no pé”
“Ele (Cícero) deu um tiro no pé. O povo da Paraíba vai julgar isso. O povo não gosta do cara ingrato. Ninguém gosta. A ingratidão é o pior defeito que a pessoa pode ter”, acrescentou Ribeiro.
Repasse
De acordo com o jornal Valor Econômico, a Energisa contratou o BTG Pactual para vender suas linhas de transmissão.
Novo ingrediente
Foi aprovado esta semana na Assembleia Legislativa um projeto que estabelece a inclusão do Umbu no cardápio da merenda escolar da rede estadual de ensino da Paraíba, uma iniciativa do deputado ´Dr. Romualdo´ (MDB).
Da boca de…
“… Cícero Lucena saiu de cima do muro. Ele agora se definiu que faz parte da oposição…” (deputado estadual Sargento Neto, do PP).
Garimpo
O começo do voto da ministra Carmen Lúcia, ontem, no julgamento dos atos golpistas no Supremo Tribunal Federal, foi singular.
Vale reprodução, e é o que segue.
Invocação…
A ministra iniciou com poesia carregada de significado. Lembrando a ditadura e o poeta Affonso Romano de Sant’Anna, ela citou “Que país é este?” Poesia épica da resistência, que depois virou música na voz de Cazuza.
… Do poeta
“Uma coisa é um país,
outra um fingimento.
Uma coisa é um país,
outra um monumento.
Uma coisa é um país,
outra o aviltamento”.
Mergulho…
Igualmente, a ministra citou o livro ´História de um Crime´, do escritor Victor Hugo, publicado em 1877.
O livro foi escrito durante o exílio de Hugo e narra o golpe dado por Louis Napoleão (Napoleão III, sobrinho e herdeiro de Bonaparte).
“Golpe”
— “Mas isso que você me propõe é um golpe de Estado.”
— “Você acredita nisso?”
Projeções
— “Sem dúvida. Nós somos a minoria e seríamos a maioria. Nós somos uma porção da Assembleia e agiríamos como se fôssemos a Assembleia inteira. Nós, que condenamos a usurpação, seríamos os usurpadores. Nós, os defensores da Constituição, afrontaríamos a Constituição. Nós, os homens da lei, violaríamos a lei. É um golpe de Estado.
Sequência
— “Sim, mas um golpe de Estado para o bem.”
— “O mal feito para o bem continua sendo mal.”
— “Mesmo quando ele tem sucesso?”
— “Principalmente quando ele tem sucesso. Porque então se torna um exemplo e vai se repetir.”
Resgate
Depois, Carmen Lucia citou a ex-colega de tribunal, a ministra Rosa Weber, em seu discurso de abertura do Judiciário, no 1º de fevereiro de 2023, dias depois dos ataques golpistas, na condição de presidente do STF.
“Incólume”
“As instalações físicas de um Tribunal podem até ser destruídas, mas a elas sobrepaira – e se mantém incólume -, a instituição Poder Judiciário em seu elevado mister de dizer e tornar efetivo o Direito, viabilizando a vida em sociedade, realizando o valor Justiça”.
“Rigor da lei”
“E se alguma dúvida, ou dificuldade de compreensão, acaso esteja a pairar neste momento sobre o sentido do que estou a dizer, assevero, em nome do Supremo Tribunal Federal, que, uma vez erguida da justiça a clava forte sobre a violência cometida em oito de janeiro, os que a conceberam, os que a praticaram, os que a insuflaram e os que a financiaram serão responsabilizados com o rigor da lei nas diferentes esferas”.
Reafirmação
Ainda Rosa Weber: “Só assim se estará a reafirmar a ordem constitucional, sempre com observância ao devido processo legal, resguardadas, a todos os envolvidos, as garantias do contraditório e da ampla defesa, como exige e prevê o processo penal de índole democrática”.
“A democracia não corre, mas chega segura ao objetivo” (Goethe, filósofo alemão)…
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