Arimatéa Souza

Sem verso e sem prosa

Arimatéa Souza
Publicado em 3 de fevereiro de 2024 às 1:18

Arimatea Souza

Foto: Foto: ParaibaOnline

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Marcha à ré

De forma até precoce – mas certamente calibrada -, o jornalista e ex-candidato a governador Nilvan Ferreira (PL) anunciou ontem, em vídeo postado em redes sociais, que estava se afastando do processo eleitoral de João Pessoa, e que após o carnaval se posicionará no tocante à possibilidade de disputar a Prefeitura de Santa Rita, um robusto colégio eleitoral no qual obteve cerca de 22 mil votos no pleito de 2022.

A seguir, trechos do que disse – ou desabafou, como queira o leitor – Nilvan.

Pé na estrada

“Depois do silêncio e depois de uma análise muito fria de todos os fatos nos últimos meses, comunico que estou renunciando à condição de pré-candidato a prefeito de João Pessoa nas eleições deste ano.

Armação

“Nos últimos meses, armou-se uma sanha de perseguição contra Nilvan, orquestrada pelo meu próprio partido, o PL. Abdiquei de um mandato de deputado para fazer um palanque do PL nas eleições de 2022.

Dentro de casa

“Meu partido me persegue. O deputado Wellington Roberto com a conivência do ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga.

Insucesso

“Todas as portas que eu bati procurando um partido para disputar a eleição, essas portas foram fechadas. Eu não tenho condições de ter um partido que me dê legenda para disputar as eleições com as condições de concorrer à vitória.

Sem neutralidade

“Na eleição em João Pessoa eu vou ter posição. Eu defino entre julho e agosto”.

Solução

Na solenidade de assinatura da ordem de serviço para o início das obras de construção do Hospital das Clínicas de Campina Grande, anteontem, o secretário de Saúde do Estado, Jhony Bezerra, disse que a obra vai resolver o que chamou de “dois vazios assistenciais” na região: obstetrícia e pediatria, com a disponibilidade de “mais de 300 leitos”.

“Será um marco na saúde pública do Estado”, acrescentou.

Inservível

Jhony criticou em seu discurso “o hospital inacabado” da Criança da Prefeitura de Campina Grande, iniciado na gestão do ex-prefeito Romero Rodrigues (Podemos).

Mantra

O secretário de Saúde foi saudado em alguns momentos como “prefeito, prefeito”.

´Não é Lula´

Empolgadíssima, e tratando o governador como “você”, a superintendente da Suplan, Simone Guimarães, bradou que “João é o cara”.

“João escreve mais uma vez o seu nome na história de Campina Grande”, assinalou.

Além de engenheiro

O deputado estadual (e prefeitável) Inácio Falcão (PCdoB) qualificou o governador como “o grande arquiteto da Paraíba, que olha para a Paraíba”.

“O governador tem um carinho imenso por Campina. E vemos no seu governo o crescimento público e notório da Paraíba”, pontuou.

Bordão

Falcão criticou o “tratamento péssimo e de abandono” que o prefeito Bruno Cunha Lima destina à cidade, incluindo a confrontação com o Legislativo.

“Não é assim que se constrói políticas públicas. Campina tem jeito; o que falta é prefeito”, finalizou.

Abrigo

“Este hospital representa respeito ao cidadão”, salientou o vice-governador Lucas Ribeiro (PP), que destacou o fato de o governo estadual decidir construir oito moradias para famílias que ocupavam a área onde será construído o hospital, mesmo sendo um terreno público.

Instrumento…

No último pronunciamento do evento, João Azevedo disse que governar “é contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Fazer gestão é, antes de tudo, cuidar das pessoas. Só a política muda a vida das pessoas, para o bem ou para o mal. Mas é sempre através da política que a gente transforma as vidas”.

… De mudança

“Eu valorizo muito a política. E cabe ao gestor pensar sempre na grande maioria da população”, disse João, sublinhando em seguida que “seria um absurdo” definir a execução de obras considerando se o prefeito de cada cidade é aliado ou adversário político.

Guinada

“Fizemos uma mudança muito forte na forma de fazer política neste Estado desde 2019 (quando tomou posse para o 1º mandato)”, pontificou Azevedo.

´Sarrafo´ alto

O governador disse aos presentes que “a saúde da Paraíba está noutro patamar” e que, após o carnaval, lançará no setor outro projeto revolucionário: ´A Paraíba contra o câncer´, envolvendo 12 hospitais e a implantação do equipamento Pet scan em cidades polo do Estado: João Pessoa, Campina e Patos.

Realizado

João disse que sentia “a sensação do dever cumprido”, mas ressalvou que “tem muita coisa para fazer”.

Virada

Ao novamente se reportar ao hospital que começa a ser construído, Azevedo classificou a obra como “uma mudança de chave na cidade”, e que é preciso “comemorar este momento esquecendo a política”.

Afago

O governador elogiou o secretário Jhony Bezerra, “que tem comandado esta Pasta (Saúde) com muito compromisso e dedicação”.

´Escutando a conversa´

João disse que o prazo para inauguração é de dois anos. E, de forma inusitada, se dirigiu aos representantes da construtora que ganhou a licitação e disse: “O cara da empresa está ouvindo. O dinheiro está na conta. É só executar a obra”.

O detalhe

Pet scan é um equipamento que realiza um exame por imagem com capacidade para fazer um precioso diagnóstico do paciente na área da oncologia.

Migração

O advogado Saulo Muniz, que até o ano passado era o coordenador do Procon Municipal em Campina Grande, assumiu a direção do Sine (Sistema Nacional de Emprego) da PMCG.

Voz das urnas

“No final das contas, ao longo da história, foi Campina quem fez as escolhas, especialmente depois da redemocratização. Eu procuro sempre respeitar a opinião pública, respeitar a vontade das urnas. Não acho que o governador tenha se referido a mim”.

Foi o que disse o prefeito Bruno Cunha Lima acerca da pecha de “coronel” dada por João Azevedo.

Sábado é dia de poesia

“… Ferve no meu fevereiro/ Dona do meu coração/ Essa é pra trincar o concreto do chão…” (Ivete Sangalo, que fez um belíssimo show do Festival de Salvador, no final de semana passado).

Serviço

Veja aqui.

Ensinamento oriental

O islamismo preceitua que “nunca fales mal dos mortos”.

Grotesco

O ataque feito veladamente por João Azevedo a um de seus antecessores, Ronaldo Cunha Lima, quinta-feira última, numa Plenária do PSB em Campina Grande, foi lamentável, desproposital e inoportuno.

Não é nem o caso de fazer juízo de valor sobre o mérito do que foi dito.

Improviso

Melhor acreditar que o governador foi traído pela empolgação diante da vasta plateia presente e não sopesou as palavras que verbalizou.

“Humildade”

E em sendo isto, o mais recomendável procedimento é um pedido de desculpas.

“É preciso humildade acima de tudo”, afirmou João no mesmo evento partidário, em tom conceitual.

Sem adjetivações

A poetisa americana Gertrude Stein imortalizou o verso “uma rosa é uma rosa e uma rosa é uma rosa”.

Um equívoco também é sempre um equívoco, até porque (evidentemente) a legítima defesa do ofendido é impossível.

 

Com ou sem batina, “ninguém solta a mão de ninguém”…

 

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