Pedro encurta o leque de Cícero

Sede arrecadatória

O procedimento virou algo cíclico na Paraíba.

Está tramitando na Assembleia Legislativa uma nova proposta de elevação da carga tributária na Paraíba, dessa vez no segmento – já bastante tributado – dos combustíveis.

A proposta chegou em ´regime de urgência´, e só não foi votada na sessão ordinária de ontem da ALPB porque houve um ´acordo´ entre as lideranças, postergando-a para a próxima semana.

Reflexos

A iniciativa do governador João Azevedo (PSB) eleva em 5 centavos o preço do litro de óleo diesel; em 8 centavos no gás de cozinha; 10 centavos a mais no litro da gasolina e do etanol, a partir do dia 1º de janeiro próximo.

´Presente de Natal´

“É o presente de Natal que o governador quer dar a todos os paraibanos e paraibanas”, ironizou o líder do minoritário bloco de oposição, deputado George Morais (União).

“O paraibano não aguenta mais aumento de impostos”, emendou.

Vai vingar

Realista, George reconheceu que “pelo histórico de votações na Assembleia, infelizmente eu acredito que o ´rolo compressor´ do governo estadual prevalecerá, porque somos apenas nove deputados (de um total de 36)”.

´João do imposto´

“(esse aumento) É somente para o governo abarrotar ainda mais os seus cofres. Isso é inadmissível. O governador João Azevedo já tem um histórico de aumento de impostos”, completou o deputado do União Brasil.

´À mulher de César´

O jornal O Globo publicou o valor do contrato existente entre o falido Banco Master e o escritório da advogada Viviane Barci de Moraes, esposa do ´superpoderoso´ ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal: R$ 3 milhões e 600 mil mensais, ao longo de 36 meses, com vigência a partir do começo do ano passado.

O detalhe

Se o Master não tivesse tido a sua falência decretada, o contrato iria render R$ 129 milhões e 600 mil.

Na Capital

Será às 18 horas de hoje, na Livraria Leitura do Manaíra Shopping, em João Pessoa, o lançamento do livro ´Os 15 Ps da Inovação´, escrito pelo publicitário Ricardo B. Ramos.

Trata-se de “uma metodologia prática para o desenvolvimento de inovações nas empresas”.

Antes do ´peru´

Vice-presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Felipe Leitão (REP) avisou ontem que antes do Natal se posicionará acerca da sucessão estadual – apoiar Lucas Ribeiro (PP) ou Cícero Lucena (MDB) -, após ter se reunido nos últimos dias com a maioria de seus apoiadores.

“Falta um pouco mais de reflexão da minha parte”, realçou.

Prego batido

Leitão, por outro lado, reiterou a intenção de apoiar a reeleição do deputado federal Mersinho Lucena (ainda no PP) – filho do prefeito Cícero.

Marco

Será às 9 horas de hoje a abertura oficial da ´Semana Jubilar´ no Hospital Universitário Alcides Carneiro, em Campina Grande, que celebra os seus 75 anos de existência.

O detalhe

Na próxima sexta-feira, haverá uma sessão solene (9h) em homenagem ao Hospital Universitário na Câmara Municipal de Campina Grande.

Queixa…

Na missa que encerrou as comemorações alusivas à Padroeira da Diocese de Campina Grande, Nossa Senhora da Conceição, na segunda-feira à noite, o bispo Dom Dulcênio Fontes de Matos lamentou a falta de uma iluminação compatível com o evento que reuniu uma grande quantidade de católicos no Parque do Povo.

… Episcopal

“Vocês estão me vendo e eu quase não vejo o rosto de vocês, pela escuridão nessa praça. Mas eu estou tranquilo, porque não deram luz elétrica, mas eu estou dando pra vocês, através de Maria, a luz dela que está brilhando no coração de vocês”, verbalizou o prelado durante a homilia.

Versão

O setor de iluminação pública da prefeitura campinense alegou que os postes do Parque do Povo estavam acesos, e que não houve nenhuma solicitação, por parte da organização da celebração, para um reforço na iluminação do local.

Resgate

Há um famoso poema do inesquecível poeta Carlos Drummond de Andrade chamado ´Quadrilha´.

Diz mais ou menos assim: “João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém”.

Cronologia

Sexta-feira passada, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) anunciou que seria o presidenciável apoiado por seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Precificada

No sábado, o senador avisou que a sua candidatura “tem um preço”.

Ou seja, ela poderia desistir se houvesse a aprovação da anistia para o seu pai.

Desdisse

No domingo, o mesmo Flávio reformulou a sua declaração e a rotulou como ´irreversível´.

Aceitação

Na segunda-feira, veio a informação de que o ex-presidente Bolsonaro concordou com o projeto de redução de penas, mediante uma mudança no Código Penal (e na Lei de Execução Penal), o que significaria a diminuição do seu tempo de prisão – a chamada ´dosimetria´.

Encaixe

Nesta terça-feira, o presidente da Câmara Federal, o paraibano Hugo Motta (Republicanos), anunciou que pautaria imediatamente esse projeto que reduz o tempo de prisão do ´capitão´.

´É vero´

Em entrevista dada à TV Arapuan (JP), João Azevedo confirmou que no famoso (e recente) ´Acordo da Granja´ – que culminou com a retirada da pré-candidatura a governador do deputado-presidente Adriano Galdino (REP) -, “foi discutida a possibilidade real de o Republicanos estar no comando da Assembleia” na próxima legislatura.

Impessoal

“Isso é uma discussão. A outra discussão é com relação aos nomes, que não foram colocados, até porque é preciso que os deputados se reelejam, quem tiver intenção, para estar na disputa em 2027”, completou o governador.

´Tiro no pé´

Após dois meses e meio de greve, os professores da UEPB só retomarão as aulas presenciais no começo de fevereiro. Isto é: terão um período de recesso de fim de ano/férias de 40 dias.

Foi o que deliberou o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe), presidido pela reitora Célia Regina Diniz.

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É lamentável, mas a UEPB caminha para um melancólico encontro com o seu futuro.

E, sinceramente, espero estar enganado.

Retrovisor

Coluna do último dia 4 sobre Pedro Cunha Lima (PSD): “Pré-candidatura a governador mantida – a essa altura – apenas no plano retórico”.

Consumação

No dia de ontem, Pedro divulgou um vídeo oficializando a sua desistência de concorrer no próximo ano (novamente) ao governo da Paraíba.

Confira trechos do que ele disse.

“Realidade que se impõe”

“Uma decisão que para quem acompanha o debate público um pouco mais de perto já está bastante perceptível. Diante de um cenário posto, de uma realidade que se impõe, eu decidi não disputar a eleição no ano que vem.

“Nova configuração”

“Existe uma nova configuração para a disputa ao governo do estado. É bom ver a oposição numa importante crescente.

Sair de…

“Eu decidi que passada a eleição, (vou) resgatar um sonho antigo, que é fazer um novo mestrado, desta feita em políticas públicas. Eu acredito na importância do estudo, da qualificação.

… Cena

“Quero me preparar, cada vez mais, para os desafios que estão por vir, seja ele qual for. E espero poder, passada a eleição, viver uma nova etapa acadêmica na minha vida.

Missão partidária

“Vou continuar tendo atenção nesse processo até a eleição, com o PSD, o partido que o presidente (Gilberto) Kassab confiou em mim aqui na Paraíba. Quero corresponder com um crescimento do partido.

“Inconformidade”

“Busquei oferecer a minha inconformidade com um retrato social que o nosso país tem diante desse funcionamento tão precário ainda das coisas.

“Ativismo”

“Existe um ativismo que não vai sair de mim, isso faz parte do sentido que eu dou para minha vida: lutar por um coletivo; buscar uma educação de qualidade, vaga de creche, cuidado na primeira infância, alfabetização na idade certa. Essas coisas me movem, me mobilizam.

Conjugação verbal

“Muito obrigado por tudo e por todos que me acompanharam até aqui. A luta continua, vou continuar buscando colaborar, mas decidi que NÃO DEVO disputar a eleição no ano que vem”.

O que pesa

A oficialização da decisão de Pedro, de abdicar de uma nova postulação ao cargo de governador, aponta inicialmente o que é a prioridade para todos os partidos políticos, em função da legislação vigente: mandatos de deputado federal.

Encurtamento

Colateralmente, Pedro reduz as alternativas do prefeito Cícero Lucena (MDB-JP) em termos de buscar em Campina Grande o seu companheiro de chapa para disputar o governo.

Próximos capítulos

É uma escolha que deverá ficar para 2026, mas que inicialmente implicará no aumento da pressão para que o deputado Romero Rodrigues (Podemos) aceite a vaga de vice-governador.

Mas provavelmente o leque de opções terá que ser aberto, podendo incluir nomes que orbitam o Grupo Cunha Lima, a exemplo do deputado estadual Tovar Correia Lima (PSDB).

Hugo e Aguinaldo vão ´dar uma força´ para o PSB ter candidato a deputado?…