Oposição se desgarra na Paraíba
Foto: Leonardo Silva/ ParaibaOnline
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Os ´mortos´ muito ´vivos´
O Tribunal de Contas da União (TCU) apresentou ontem o resultado de uma ampla fiscalização, identificando o total de R$ 4,4 bilhões em pagamentos de vencimentos e de benefícios previdenciários e sociais a pessoas com indícios de falecimento, entre 2016 e 2025.
Além disso, cerca de R$ 28,5 milhões continuam sendo pagos mensalmente, apesar da irregularidade, informou o ´Estadão´.
Imensa lacuna
A apuração, relatada pelo ministro Jorge Oliveira, identificou que faltam mais de 13,1 milhões de registros de óbitos no Sistema Nacional de Informações de Registro Civil (Sirc), o que equivaleria a dobrar o tamanho da base de dados atual.
“Incapazes”
“O Brasil pagou em 10 anos bilhões para pessoas mortas porque, como nação, fomos incapazes de integrar os nossos sistemas a tempo e a hora”, lamentou Bruno Dantas, também ministro do TCU.
“Vai chegar um momento em que não teremos dinheiro para pagar os vivos”, emendou.
Com João
O deputado federal Wellington Roberto (PL) disse ontem na ´Correio FM´ que vai apoiar o governador João Azevedo (PSB) na sua (provável) postulação ao Senado em 2026.
´Pacote´
Sobre o seu futuro partido, o parlamentar comentou que “tenho vários convites, mas para onde eu for eu tenho que levar todo o nosso grupo, os nossos prefeitos, as nossas lideranças”.
´Banda larga´
Wellington frisou que vai estar no ´palanque´ do grupo do governador, mas que “sou de direita, votei e continuo votando no ex-presidente Jair Bolsonaro”.
“Se ele (Bolsonaro) não puder ser candidato, vamos esperar as indicações que poderão ser feitas”, emendou.
´Elefantes brancos´
O Tribunal de Contas da Paraíba apresentou ontem o relatório da Auditoria Temática que avaliou a execução de 215 creches em 212 municípios paraibanos.
Com dados levantados até junho de 2025, foi possível identificar 111 obras paralisadas. 14,55% das creches sequer foram iniciadas.
Formalização
Será hoje, no Teatro Facisa, em Campina Grande, a assinatura do robusto contrato firmado na área da Saúde entre o Governo da Paraíba e o hospital Help (Fundação Pedro Américo).
Cutucada
Do governador João Azevedo em indireta ao seu antecessor Ricardo Coutinho: “Na verdade, no orçamento democrático, antes da minha chegada no governo, deputado nem falar falava”.
´Desembestou´
João Azevedo passou a intensificar a concessão de audiências a prefeitos paraibanos.
Articulação
O vereador-presidente Saulo Germano (Podemos) tentou viabilizar, na sessão de ontem da Câmara Municipal de Campina Grande, a travada votação da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), até como forma de sacramentar a dotação orçamentária para o próprio Legislativo, aprovada na véspera.
De viva voz
Nesse ´mutirão´ de contatos para obter os doze votos necessários, Saulo conseguiu levar ao plenário da Câmara o chefe de gabinete da prefeitura, deputado Fábio Ramalho (PSDB), cuja missão era demover o vereador Frank Alves (Podemos) da intenção de votar em sintonia com a oposição, por estar se sentindo retaliado pela gestão municipal.
Fábio conseguiu o seu intento.
Atração
Mas era preciso ´pescar´ pelo menos um voto na oposição, uma vez que Saulo preside os trabalhos e não poderia votar na matéria.
Dois edis foram ´cortejados´: Rostand Paraíba (PP) e Márcio Guedes (PSB).
Para ganhar tempo
Enquanto os contatos rolavam nos bastidores, era sequenciada no plenário uma ´morgada´ sessão, com leitura de requerimentos acumulados e com acanhada presença de edis.
Inflexível
O bloco de oposição se recolheu para um salão anexo ao plenário, com a disposição de só aprovar a LDO se o prefeito Bruno Cunha Lima aceitasse a implantação das emendas impositivas, com o percentual inicial de 1,2% das ´receitas correntes líquidas´.
Remanescente
Diante do prolongado impasse, os oposicionistas optaram por deixar o ambiente, exceção feita a Rostand, que permaneceu por um bom tempo na garagem do prédio da Câmara – digamos de ´sobreaviso´.
Debate paralelo
Edis de oposição e a Procuradoria Jurídica da Câmara estabeleceram uma inconclusa discussão sobre qual seria o placar mínimo para aprovação da LDO – maioria dos vereadores presentes à sessão ou a maioria do colegiado (12 votos).
Ponto final
Sem perspectiva dos doze votos, o vereador Luciano Breno (Avante) assumiu a presidência dos trabalhos para avisar que a votação da LDO ficava postergada para esta quinta-feira.
Reação
“Estou de férias. Só me perguntar, antes de levantar calúnia”.
Mensagem do diretor geral do Hospital de Trauma de Campina Grande, médico Sebastião Viana, acerca de nota publicada ontem neste espaço.
Em tempo
Esta Coluna não tem compromisso com o erro. E está pronta para se desculpar publicamente.
Basta receber o deferimento do pedido de férias, que legalmente deve ser publicado no Diário Oficial do Estado.
Rotas distintas
As recentes declarações (e inclinações) do senador Efraim Filho (federação União/PP) apontam que as oposições na Paraíba terão (pelo menos) duas candidaturas a governador nas eleições do ano que vem.
Convergentes
Efraim entendeu-se rapidamente com o ex-ministro da Saúde do governo Bolsonaro, Marcelo Queiroga, presidente do PL/PB, cuja pré-candidatura ao governo do Estado não resistiu a uma ´invernada´.
Inconciliável
A opção de Efraim, por tabela, afasta o senador Veneziano Vital (MDB), cuja disputa à reeleição ao Senado está umbilicalmente atrelada à reeleição do presidente Lula.
Voto declarado
Efraim já não guarda reserva de que pedirá votos para um adversário do presidente petista.
Com ou sem dissidência
A movimentação do senador do União, à primeira vista, descortina dois cenários: uma nova candidatura de Pedro Cunha Lima (PSD) ou uma composição com lideranças governistas em flagrante processo de distanciamento de João Azevedo: prefeito Cícero Lucena (PP-JP) e o deputado-presidente Adriano Galdino (Republicanos).
Com uma observação adicional: para que uma dissidência se consume será preciso um ´gesto concreto´ prévio de Cícero e/ou Adriano: desfiliação de seus atuais partidos.
Qual é o tamanho atual da oposição na ALPB?…
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