Arimatéa Souza

O ´dote´ do vice em Campina

Arimatéa Souza
Publicado em 17 de agosto de 2024 às 0:10

Arimatea Souza

Foto: ParaibaOnline

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Sementes do amanhã

A Casa da Criança Dr. João Moura festeja este mês os seus 70 anos de existência. Ao longo dessas décadas, milhares de crianças foram acolhidas, educadas e amadas. Futuros foram descortinados para quem o infortúnio e a marginalidade escancaravam os seus braços.

Quinta-feira última, merecidamente, o Poder Legislativo de Campina Grande promoveu uma sessão especial para celebrar a marcante data e reverenciar uma entidade filantrópica longeva e com incontestáveis serviços prestados à comunidade.

Cadeiras vazias

O que se viu foi um plenário deserto de vereadores.

Os autodenominados representantes do povo negaram até mesmo o gesto da presença, como forma de manifestar gratidão por quem tanto e há tanto tempo faz por nossa comunidade.

Exceções

O ´quórum´ limitou-se a Fabiana Gomes (autora da propositura), Eva Gouveia, ´Dra. Carla´ e Alexandre Pereira, que abriu os trabalhos, num colegiado de 23 parlamentares.

Sem fronteira

Em participação na tribuna, o deputado estadual Tovar Correia Lima (PSDB) sublinhou que o trabalho da Casa da Criança “extrapola as fronteiras do país”, mencionando crianças que lá foram educadas e que atualmente residem no exterior.

Limitações

Tovar observou que “a população poderia ajudar com melhores olhos e ajudar ainda mais”, porque a direção da Casa já atua “com muito esforço e as ajudas são mínimas”.

Faz bem

Ele encerrou comentando que a visita à entidade e a interação com as crianças “nos deixa leve e feliz”.

“Zelo”

Ao falar na sessão em nome da Secretaria de Educação de Campina Grande, a professora Carla Cristina disse que se referir à Casa da Criança é “falar de compromisso, zelo, responsabilidade e vocação”.

Diferenciada

“Hoje é um dia feliz e importante. O amor é primordial em tudo. A Casa da Criança é uma instituição que tem feito a diferença em Campina”, registrou a vereadora Eva Gouveia.

Familiares

Valério Moura foi um dos convidados especiais para a aludida sessão. Ele é sobrinho do médico João Moura, que emprestou seu nome à instituição.

Remanescente

O convidado é filho de Onildo Moura, o irmão ´caçula´ de João Moura, que permanece entre nós aos 102 anos de idade.

Resgate

Valério fez um breve histórico de seu tio, que morreu ainda muito jovem aos 33 anos de idade.

Ele era pediatra, atuava no Recife (PE) e nos finais de semana vinha para Campina e atendia conterrâneos.

Ideal de vida

Conforme o relato do sobrinho, Dr. João Moura “sempre disse à família que gostaria de construir uma casa para abrigar crianças cujas famílias tivessem baixo poder aquisitivo, para que os pais pudessem trabalhar enquanto os seus filhos fossem cuidados e educados”.

Materialização

“Após a morte do médico – prosseguiu Valério – os irmãos decidiram tornar realidade o sonho dele. E foram feitas rifas e outras promoções para angariar recursos” destinados à construção.

Muitas mãos

O ex-prefeito Elpídio de Almeida doou o terreno e o comércio local colaborou com a doação de materiais.

Valeu a pena

“70 anos depois, é gratificante observar que o esforço daquela época não foi em vão. O esforço está presente na vida das crianças lá educadas”, concluiu Valério Moura.

“Meus anjos”

Quem também participou da sessão foi o senhor Francisco de Assis, uma das primeiras crianças atendidas pela instituição, e que até nos dias atuais lá comparece para contribuir na educação das novas gerações.

“Dou glória à Irmã Joana (atual diretora da Casa) e a Maria Betânia (gerente). A irmã é uma batalhadora. As crianças de lá são meus anjos”, emocionou-se Francisco.

“Exemplo vivo”

“A Casa da Criança é um exemplo vivo de que tudo é possível quando se trabalha com dedicação e amor, servindo como um espaço não apenas para celebrar o trabalho já realizado, mas também para incentivá-lo e aperfeiçoá-lo”, discursou Fabiana Gomes.

Beneméritos

A parlamentar registrou que a instituição recebeu ao longo do tempo “o apoio de grandes personalidades do município, como Dona Virgínia Carlos, já falecida, esposa do saudoso empresário José Carlos da Silva Júnior”.

Cotidiano

Em nome da Casa da Criança, Maria Betânia de Sousa Barros disse aos presentes que a rotina lá é de “muito trabalho, muita luta e também muito amor”, afinal de contas, 260 crianças são atendidas e educadas cotidianamente.

“Farol”

Ao agradecer a iniciativa da vereadora Fabiana, Betânia disse que “sua proposta não apenas reconhece o trabalho lá realizado, mas também reafirma o compromisso da cidade com as crianças”.

“A Casa da Criança é um farol de esperança”, proclamou.

Ajuda à distância

Maria Betânia agradeceu particularmente a um grupo de “amigos e benfeitores” que residem na Alemanha e que permanentemente colabora com a instituição, que por muitos anos teve a irmã Maria Aldete como timoneira.

“Chance de brilhar”

A oradora externou “a determinação inabalável de transformar vidas”, que move a entidade filantrópica.

“Cada criança merece a chance de brilhar”, proclamou Betânia, para em seguida agradecer publicamente a compreensão de sua família à sua dedicação à instituição.

Incansável

Betânia arrematou: “Cansaço não existe na Casa da Criança. O que existe lá é afeto”.

“Nosso foco”

Ao discursar, dias atrás, na convenção do PSD de Campina, que homologou o apoio à sua postulação, o prefeitável Jhony Bezerra (PSB) enfatizou que “nosso foco é chegar ao segundo turno. E, chegando ao segundo turno, não tenho dúvidas de que venceremos as eleições”.

“Agregar”

“A importância nesse momento é somar e agregar forças contra o desgoverno que aí está. Tem faltado o básico nessa gestão”, acentuou o socialista.

Isonomia

“Mas precisamos – avançou Jhony – ter o foco também no fortalecimento das campanhas proporcionais. (os candidatos a vereador do PSD) Vão ter o mesmo tratamento e a mesma importância de mim e do governador, com o mesmo tratamento dado aos demais candidatos do PSB, Agir, Mobiliza e Republicanos”.

Sábado é dia de poesia

“Você me vira a cabeça, me tira do sério/ Destrói os planos que um dia eu fiz pra mim/ Me faz pensar por que que a vida é assim/ Eu sempre vou e volto pros teus braços…” (cantora Alcione, que fez show em Campina Grande no final de semana passado).

Serviço

Escute a música aqui.

Retrovisor

Há poucos dias, esta Coluna terminou da seguinte maneira: “´Rede de trapézio´: uma secretaria de Estado…”

Fio da meada

Como já relatado anteriormente nesta Coluna, o vereador e presidente da Câmara Municipal de Campina Grande, Marinaldo Cardoso, insistiu em permanecer filiado ao partido Republicanos e no distanciamento gradual do prefeito Bruno Cunha Lima (UB), na crença de que a candidatura de Romero Rodrigues (Podemos) a prefeito seria um fato consumado.

´Duas fichas´ no jogo

Nessa linha de raciocínio, Romero em sendo candidato Marinaldo teria amplas condições de ser indicado como candidato a vice-prefeito, ou de obter a garantia de que seria referendado para permanecer por mais dois anos à frente do Poder Legislativo.

´Topa´?

Na semana anterior às convenções partidárias (começo de agosto), após a consumação da desistência de Romero, Marinaldo foi objetivamente confrontado, por lideranças do PSB e do REP, com a possibilidade de ser o candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada por Jhony Bezerra.

´Seguro-derrota´

Após um período de hesitação por parte do vereador, a ´batida do martelo´ teve a participação direta de João Azevedo (PSB).

Ele concordou com a intenção de Marinaldo de lançar a sua esposa (Ana) como candidata à vereança.

O vereador obteve do governador a garantia de que se Jhony não for eleito prefeito em outubro, no começo de janeiro de 2025 o atual presidente da Câmara será nomeado secretário de Estado, como forma de começar a pavimentar uma candidatura de deputado estadual em 2026.

 

Vai começar a movediça fase do rateio do Fundo Eleitoral…

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