´Loucademia´ de aliados

Trilhos urbanos

Foi bastante concorrida a solenidade realizada nesta sexta-feira, no auditório da Federação das Indústrias da Paraíba (Fiepb), para a deflagração da etapa prática de remodelação da linha férrea na zona urbana de Campina Grande (15,8 quilômetros).

Gratidão e…

O primeiro orador do evento foi o anfitrião, empresário Cassiano Pereira, presidente da Fiepb, que agradeceu ao governo federal pelo investimento e aproveitou a ocasião para renovar o pedido de um ramal para a Paraíba da ferrovia Transnordestina, que vai interligar o Piauí e o Ceará (1.768 quilômetros).

… Reivindicação

“Que possamos, lá na frente, ter a Paraiba contemplada com um ramal ligando Cajazeiras (Sertão) com Cabedelo (Litoral). Chegará o dia de agradecer por isso”, assinalou o empresário.

Reconhecimento

Cassiano saudou na ocasião o senador Veneziano Vital (MDB) “por seu trabalho parlamentar, que está sendo muito bem feito”.

“Momento histórico”

Em seguida, o prefeito Bruno Cunha Lima (União-CG) acentuou que estava vivendo naquele instante “um grande momento histórico”, que se realiza num ambiente que “já foi palco de momentos definidores na história da Paraíba”.

Etapas

“Nada de grandioso acontece sem tempo, sem dedicação, sem visão de futuro e sem planejamento”, pontificou o prefeito, salientando que “a paz política proporciona o progresso e o desenvolvimento”.

“E estamos presenciando aquilo que só a boa política consegue entregar”, adendou.

Marco

Bruno recordou que “desde que me entendo por gente que essa revitalização da linha férrea na cidade é um sonho”, mencionando que “a partir da chegada do trem na cidade”, há mais de um século, “a história de Campina Grande foi completamente modificada”.

Deferência

Nesse momento do pronunciamento, o prefeito se reportou à acolhida dos pleitos da cidade por parte do ministro Renan Filho: “O ´estar Campina´ alcançou a sede do Ministério dos Transportes. Recebemos do ministro Renan todas as atenções possíveis e imagináveis”.

A toda hora

Bruno agradeceu a toda equipe técnica da STTP e em especial ao senador Veneziano: “Participação sempre presente. Sem a participação do senador não estaríamos concretizando esse sonho”.

Indispensável

O prefeito citou nesse instante a colaboração decisiva do ex-senador e atual ministro-presidente do Tribunal de Contas da União, Vital do Rêgo Filho.

Gestor

O orador seguinte foi o executivo Tufi Daher Filho, presidente da empresa que vai executar a reconstrução do trecho ferroviário, no qual serão utilizados 22.500 dormentes: Ferrovia Transnordestina Logística S.A.

Prioridade

Tufi se permitiu compartilhar com os presentes um diálogo que havia mantido há algum tempo com o ministro Renan, no qual este teria lhe dito: ´Não abro mão, como ministro, do VLT de Arapiraca (cidade alagoana onde já foi prefeito em duas oportunidades). Mas eu tenho um compromisso com Campina Grande. Se não puder fazer os dois (simultaneamente), faça o de Campina Grande´.

Cobrança

O diretor da empresa disse que “daqui a doze meses, no máximo, essa linha estará completamente remodelada”.

“As carretas com dormentes (que já chegaram à cidade) não são para tirar fotos, mas para começar a obra, no mais tardar, em meados de agosto. Podem me cobrar daqui a doze meses”, reiterou.

Postergação

Tufi disse que foi convidado para conhecer este ano o Maior São João do Mundo, mas que optou por adiar para 2026: “Quero, primeiro, mostrar para que eu vim para Campina”.

Relevância

Na sequência discursou o deputado e ex-prefeito Romero Rodrigues (Podemos), que avaliou a solenidade como “um momento superimportante, especialmente na área da mobilidade na cidade”.

“Exemplo bom”

Ao se reportar ao ministro Renan, Romero disse que ele “levou para o Ministério dos Transportes o exemplo bom e transformador que empreendeu como governador de Alagoas”.

“E o agradecimento vai por extensão ao governo Lula”, emendou.

Batalhador

Romero frisou que “sou também um entusiasta deste sonho”, e que “não poderia deixar de reconhecer o esforço e a dedicação” do ex-senador Vital do Rego, atual ministro do TCU, “que batalhou muito”. Ele também registrou a “participação marcante” nessa conquista do senador Veneziano.

Extensão

O ex-prefeito reiterou o pedido para que o Ministério dos Transportes, com a colaboração de recursos de emendas parlamentares, estenda o VLT até o distrito campinense de Galante.

Em suas palavras iniciais, Veneziano grifou que “a partir de 2023, passamos a ter no Brasil um governo que tem um olhar diferenciado também para o setor de transportes”.

Longo caminho

Ele recordou que buscou, em 2011 e 2012, “de forma feérica”, a concretização do VLT para Campina, mas não foi possível.

Convergência

“Mas hoje temos todas as razões para celebrar grandemente. E (essa conquista) só foi possível com a presença do presidente Lula no governo e de Renan no Ministério dos Transportes”, assim como a participação dos ministros Vital Filho e Bruno Dantas, do TCU, “para destravar” todas as pendências burocráticas.

´Bússola´

Último orador, Renan Filho afirmou que Campina “é uma referência para o Nordeste, sobretudo para o interior da região, mostrando que as cidades do interior podem dar certo”.

Acompanhamento

Ele disse que pretende realizar reuniões mensais com o prefeito Bruno e o senador Veneziano para monitorar a evolução da obra.

Inovador

Renan fez uma menção especial ao ministro Vital Filho, “que ajuda a trazer soluções novas para velhos problemas que o país carregava”.

Ressignificação

“Vital tem mostrado que o papel do TCU não é mais criar problemas, que são fáceis de criar, mas sim construir soluções”, acrescentou.

Itinerário

Renan pontuou que antes de ser cogitada a criação de ramais da ferrovia Transnordestina para a Paraíba e para Alagoas (seu estado natal), é preciso concluir a obra principal, e que para tanto, em poucos dias, o presidente Lula estará no Ceará para inspecionar os serviços e anunciar uma operação de crédito do Banco do Nordeste, da ordem de R$ 1,2 bilhão, para o financiamento da construção do último trecho da ferrovia.

O detalhe

Atualmente existem cerca de 4.000 pessoas trabalhando na obra da Transnordestina, que saltará para 7.600 pessoas quando da concretização dessa operação de crédito.

Fases da história

O ministro acentuou que “no tempo de paz política a humanidade se desenvolve. No tempo de problemas, a humanidade caminha para o lado; às vezes, caminha para trás também”.

“Equivocado”

Numa menção à postura do presidente americano Donald Trump, Renan observou que “alguns líderes não se preocupam com o caminhar da humanidade e acham que podem mudar as relações institucionais. (Trump) Acha que por ser uma autoridade global, ele pode mudar a relação entre as pessoas; pode mudar o respeito entre os países. Está equivocado!”

Conclamação

Por fim, Renan apelou às lideranças políticas da cidade: “Vamos seguir trabalhando juntos. Estejam unidos!”

Volta do recesso

O vereador e presidente da Câmara Municipal de Campina Grande, Saulo Germano (Podemos), esclareceu ontem à Coluna que havia comunicado formalmente aos edis que a retomada das atividades em plenário só ocorreria no próximo dia 15.

Sábado é dia de poesia

“… Na correnteza do amor quem vai saber se guiar/ A nave em breve ao vento vaga de leve e traz/ Toda a paz que um dia o desejo levou…” (Djavan).

Serviço

Escute a música aqui.

´Ativação´

De forma impressionante, a base governista na Paraíba não consegue passar uma semana (quando muito!) sem exercitar uma espécie de ´canibalismo político´.

Detonação

Na noite da última quinta-feira, o deputado-presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino (Republicanos), discursou numa Plenária do Orçamento Democrático Estadual (ODE) na cidade de Riacho dos Cavalos (Sertão), e ´espanou´ o deputado federal Gervásio Maia (PSB), que estava no local, na presença do governador João Azevedo (PSB).

Leia trechos.

Sem dono

“Quero cumprimentar o deputado Gervásio Maia, que tem uma larga folha de serviços prestados à região. Mas eu só faço um parênteses. É preciso que a gente compreenda, enquanto político, que um órgão público não tem dono. O órgão público pertence ao governo e no governo tem um comandante maior que é o nosso governador”.

“Politicagem”

“Eu fiquei preocupado quando fui hoje no Hospital de Catolé (do Rocha), porque vi grupos políticos vestindo a camisa sua e fazendo politicagem dentro do hospital. E isso, enquanto cidadão, eu não concordo. Eu estou contra esse tipo de coisa e esse tipo de comportamento.

Vestimenta

“O hospital deve servir a todos e a todas, indistintamente. E funcionários devem vestir a camisa da saúde, da saúde pública, e não camisa de ´A´, de ´B´ ou de ´C´.”

Exasperação

Em entrevista a uma emissora de rádio da região, ontem, João Azevedo comentou o fato: “Nós estamos a um ano antes das eleições e, evidentemente, que os ânimos, às vezes, se exasperam um pouco”.

“É assim na política”

“O que eu pedi foi muito claro. Eu disse claramente que a gente tivesse o cuidado para falar menos, e não levar a disputa político-partidária para dentro do ODE. A disputa política acontece naturalmente e vai continuar acontecendo, e é assim na política”, comentou o governador.

Acolhida festiva

De sua parte, Gervásio Maia disse que “o que há efetivamente no hospital são pessoas felizes”, que o recepcionaram “com calor humano”.

Voz de comando

Maia asseverou que o governador “não permite qualquer movimento que possa ferir a legislação eleitoral”.

Nada de ilegal

“Não houve nenhum movimento que pudesse ferir a legislação. Ninguém cometeu crime eleitoral; ninguém subiu em um palanque pra fazer discurso; ninguém se utilizou da máquina pública para fazer movimento que possa influenciar em qualquer tema das eleições de 2026”, assegurou o deputado.

“Cada um fala por si”

Gervásio ressalvou que “agora, ninguém pode proibir que as pessoas lhe recebam com carinho, com comemoração, com celebração. Os vídeos estão aí para comprovação do que aconteceu. Fora disso, eu não tenho como comentar nada, cada um fala por si”.

“Não gosta de mim”

O deputado afirmou na ´Arapuan FM´ que “muito embora Adriano não goste mim, mas eu simpatizo a lealdade dele ao projeto do governo, porque a gente sabe que o governador não tem qualquer trabalho na aprovação de matérias importantes no Legislativo, e Adriano é peça fundamental nisso. E foi também no passado, no governo de Ricardo Coutinho”.

A vaga é dele

“O que posso dizer é que é legitimo que Adriano reivindique uma posição na chapa majoritária, até mesmo como governador. Se o governador renunciar, para ser candidato a senador, na minha opinião, quem tem a preferência, a prioridade e a legitimidade é quem tem o direito à reeleição. Quem estará no cargo? Lucas Ribeiro. Quem tem direito à reeleição? Lucas Ribeiro”, posicionou-se o parlamentar socialista.

Recado final

Ainda Gervásio Maia: “Quem quer estar numa chapa majoritária tem que construir com o sentimento de unidade, e não chutando”.

João Azevedo vai terminar recorrendo a Lula para ´acalmar´ Adriano Galdino…