João vai ao Sertão e manda Adriano e Cícero ´pro Brejo´
Foto: Leonardo Silva
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“Apocalipse”
É importante resgatar recentes declarações do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, sobre as ´onipresentes´ emendas parlamentares.
“Eu sou cristão e, portanto, acredito que em algum momento haverá um apocalipse, mas não marquei ainda a data, porque não sei em qual dia vamos julgar a tal da impositividade das emendas no Supremo.
“Seria uma coisa meio apocalíptica, porque é quase um ‘ctrl + alt + del’ no sistema político brasileiro”.
Corre para onde?”
Ainda Dino: “Nós precisamos ter uma abordagem processualista, progressiva, ponderada, moderada, desde que os outros atores institucionais permitam isso. Lembro isso, freios e contrapesos. Não queremos o apocalipse, mas se os outros quiserem, o que a gente faz? Corre para onde?”
Correu o trecho
O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena Filho (PP), cada vez mais pré-candidato a governador, se deslocou novamente para o Sertão no ´rastro´ do governador João Azevedo (PSB), que participou de novas Plenárias do Orçamento Democrático Estadual.
Questão…
Sobre a escolha do candidato da base governista a governador, Cícero disse que o ´bloco´ tem que definir “se quer ter um candidato ou quer ter o sucessor. Essa é a pergunta que tem que ser feita. Se ele quer um sucessor, quem melhor responder é o eleitor. Então, temos que ter critério”.
… De fundo
“Qual é o critério de escolha? É isso que vai ser debatido no grupo, que hoje tem três possíveis pré-candidatos: o Lucas (Ribeiro), o Adriano (Galdino) e eu. Alguém vai chegar e dizer que é fulano?! Esse alguém tem que ser o povo”, comentou Cícero durante entrevista na cidade de Sousa.
Jogo rápido
Repórter: “Se não for você, humildemente, facilmente você recua?”
“Cícero: “Não! Eu quero ARGUMENTOS para eu não ser (candidato)”.
Agora é Lula
“Se acontecer o que estou pensando, este país vai ter pela primeira vez um presidente eleito quatro vezes”.
Presidente, ontem, em pronunciamento.
Adiamento
Houve um desencontro nas agendas de ambos, e o deputado Adriano Galdino (REP) não conversou com o ex-senador Cássio Cunha Lima, como estava marcado.
TRE
Os advogados Osmando Formiga Ney, Alysson Filgueira Carneiro Lopes da Cruz e Cecílio da Fonseca Vieira Ramalho Terceiro formam a lista tríplice indicada pelo Pleno do Tribunal de Justiça da Paraíba para a vaga de membro substituto do Tribunal Regional Eleitoral.
O detalhe
A escolha definitiva cabe ao presidente da República.
Olhando de fora
Na reta final de seu (prolongado) mandato à frente do PT na Paraíba, Jackson Macedo comentou o impasse dentro da base governista de João Azevedo (PSB).
Isolamento
“Tem partido (menção indireta ao Republicanos) querendo duas vagas (na chapa majoritária). E os partidos do campo democrático e popular ficam fora desse debate”, lamentou o dirigente petista.
O detalhe
Os partidos alijados da discussão seriam o próprio PT, o PCdoB e o PV.
Aviso dado
Jackson observou que “já é público que Ciro Nogueira (senador pelo Piauí e presidente nacional do PP) tem dito que quer participar da chapa de oposição a Lula em 2026”.
Saia justa
“O grande problema do PP na Paraíba é a conjuntura nacional”, enfatizou o presidente estadual do PT acerca da eventual disputa de Lucas Ribeiro à reeleição para governador no próximo ano.
Mais um degrau
Está por ser elevada, ainda mais, nos próximos dias, a contenda administrativa – que desagua na política – entre o grupo Unifacisa e o prefeito campinense Bruno Cunha Lima.
Sábado é dia de poesia
“… E o futuro é uma astronave/ Que tentamos pilotar/ Não tem tempo, nem piedade/ Nem tem hora de chegar…” (Toquinho, cantor e compositor que começa uma turnê comemorando os seus 60 anos de carreira).
Serviço
Veja a música aqui.
´Fique à vontade´
No seu périplo sertanejo, desde a quinta-feira, o governador disse que não o incomoda a ofensiva do deputado-presidente Adriano Galdino (REP) para se credenciar a disputar a sua sucessão: “Não, de jeito nenhum”.
Nivelando por baixo
“Cada cidadão aí pode se colocar, cada um que for maior de 18 anos e tiver o título de eleitor pode se colocar na condição de candidato a governador. Não tem problema nenhum. Passou o tempo do coronelismo na Paraíba, essa é a grande questão”, emendou Azevedo.
Mal acostumada
Avançou o governador: “Talvez a gente esteja ainda acostumado com aquela coisa da imposição. Primeiro, nós temos uma aliança com vários partidos e cada partido vai definir como e com quem e qual nome vai participar da chapa. É assim.
´Dentro de casa´
“Não dá para eu impor, dentro do Republicanos, o que o Republicanos vai fazer? O Republicanos tem que sentar, discutir internamente e apresentar para a chapa o nome que ele quer”, situou João.
Pedido feito
“E o Republicanos tem dito CLARAMENTE que quer colocar à disposição um nome para a disputa no Senado, na SEGUNDA vaga. E eu tenho entendido isso como MENSAGEM do presidente Hugo (Motta).
Sem imposição
“É assim que nós trabalhamos, fazemos política. Política com diálogo, não é com imposição. Não é pelo fato de eu estar na condição de governador que eu vou impor: eu quero fulano, beltrano, sicrano dentro da chapa, até porque os partidos que representam cada candidato têm os seus próprios interesses, e aí a gente vai ter essa discussão”, ponderou o governador.
Satisfeito
“Que bom que a gente tem que 15, 20 querendo estar na chapa. Quem não quer governar um estado que está hoje nessa situação que está a Paraíba? Eu ficaria preocupado se a gente não tivesse ninguém querendo governar o Paraíba”.
Desenhando
As declarações acima do governador descortinam movimentos em seu grupo político.
Se o Republicanos só está pedindo (por seu presidente, Hugo Motta) uma vaga para o Senado, a legenda não admite a hipótese de Adriano Galdino ser o ´cabeça de chapa´.
Se a vaga ao Senado solicitada pelo REP é a SEGUNDA, está implícito que João já decidiu – e avisou, pelo menos, a Hugo Motta – que será candidato a governador.
Se João vai deixar o governo e transferir em abril próximo o cargo para o vice-governador Lucas Ribeiro (PP) ser efetivado no Executivo e disputar a reeleição, desde já fica avisado que Cícero não terá espaço no bloco governista para disputar o governo, muito menos no Progressistas.
Em tempo. Adriano declarou há poucos dias que ouviu de Hugo que a preferência dele para a vaga de senador na chapa é o seu pai, Nabor Wanderley, prefeito de Patos.
O São João já vai terminar e o prefeito Bruno não concluiu a reforma em seu secretariado…
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