Arimatéa Souza

Governador detona a família Cunha Lima

Arimatéa Souza
Publicado em 2 de fevereiro de 2024 às 1:02

Arimatea Souza

Foto: ParaibaOnline

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Clima de convenção

O auditório e o hall de entrada do centro de convenções do Garden Hotel ficaram literalmente lotados, na noite de ontem, com a realização de uma Plenária do Partido Socialista Brasileiro, que demonstrou imenso (e até surpreendente) poder (e estrutura) de mobilização popular.

O evento serviu para mostrar a atual unidade das oposições na cidade e demonstrar que a campanha eleitoral do agrupamento não está inapelavelmente na dependência de um rompimento do deputado Romero Rodrigues (Podemos) com o seu grupo político.

Artilharia

O evento, igualmente de forma inesperada, serviu de cenário para o mais contundente pronunciamento político de João Azevedo na cidade, particularmente na direção da família Cunha Lima, como será possível ler mais adiante nesta edição.

Deferência

O primeiro orador da Plenária foi o deputado-presidente Adriano Galdino, do Republicanos, que começou saudando o “competente secretário e político” Jhony Bezerra, “que mostra competência” na sua ação pública.

Evolução…

Galdino relatou que o seu partido fez “lá atrás” um convite a Romero Rodrigues para que ele se filie ao partido e dispute este ano a prefeitura campinense.

… Do processo

“Estamos TERMINANDO esta fase (de negociações). Se a resposta for negativa, nós estaremos com o candidato apoiado pelo governador”, situou.

Conexão

Presidente estadual do PSB, o deputado federal Gervásio Maia começou o seu pronunciamento dizendo que “fazer política é conectar pessoas e projetos”.

Delimitação

Ele frisou que existem em Campina “pessoas isoladas” do acesso à saúde pública municipal, e que a cidade “deseja algo DE NOVO na política. Alguém que não vem de uma CAMINHADA LONGA na política”.

´Nunca antes´

Maia concluiu grifando que “este é o melhor momento do PSB em Campina. Nunca tivemos o PSB tão fortalecido”.

´Relógio´

Pollyana Dutra, ex-candidata ao Senado e atual secretária do Desenvolvimento Social do Estado, mencionou o pleito de 2022 e observou que “pra mim faltou só tempo. Com mais 15 dias a gente tenha chegado lá (no Senado)”.

Ela destacou que “só tenho memórias boas desta terra”.

Determinação

“Jhony (Bezerra) tem coragem para enfrentar a ´máquina´ (administrativa) de Campina Grande”, afirmou o advogado Jairo Oliveira, presidente do PSB/CG.

Ele também criticou o “desgoverno municipal”.

Orgulhosa

Presidente do PCdoB em Campina, a advogada Glauce Jácome começou a sua fala incensando o governador: “João, a cada dia você nos orgulha mais!”

Por etapas

Ela disse aos presentes que o Fórum Pro Campina (da oposição) “avança nas discussões de um programa”, e que o nome a ser apoiado para a prefeitura será uma etapa posterior.

Cutucada

“Não podemos permitir o modo de gestão que quer governar por decreto”, bradou a dirigente comunista.

Tem tempo

Segundo Glauce, “no momento certo, nós haveremos de tomar a melhor decisão para Campina, e isto passa pela unidade”.

“Time pronto”

O vice-governador Lucas Ribeiro (PP) discursou na Plenária do PSB e disse que “este time aqui está pronto” para “cuidar mais ainda” de Campina Grande.

Rótulo

Jhony Bezerra foi anunciado para discursar como possuidor de “genialidade na política e na técnica fora do comum”, e com “formação ética”.

Seguem trechos de seu pronunciamento.

Unidade

“A resposta que o PSB dá à Paraíba é que, em Campina Grande, o time de João (Azevedo) está unido. O time de João tem força.

Dado frutos

“O nosso time está unido. A oposição é forte, é maioria na Câmara de Vereadores. O projeto de João Azevedo tem surtido efeito.

Espelhar

“(O de João) Governo sério e operoso (…) Este é o governo que Campina precisa. Campina precisa passar pelo modelo de gestão que hoje é experimentado no governo da Paraíba. O PSB está se propondo a dialogar com todos os partidos (aliados).

´Avisa lá´

“Esta Plenária tem como objetivo dar um recado muito claro: as oposições em Campina estão unidas e têm força. São diversos candidatos (a prefeito), mas no momento adequado nós teremos sim a candidatura das oposições com capacidade de vencer o prefeito Bruno Cunha Lima. O governador está conduzindo essas tratativas.

Pior de todas

“Campina passa por um momento de muita dificuldade, com a ausência de políticas públicas. A cidade tem hoje a pior saúde pública da Paraíba. É a pior assistência primária.

Insuportável

“Campina não aguenta mais este governo; Campina não aguenta mais esta gestão. São hospitais com colapso de energia, faltando estrutura; hospitais superlotados.

Outra carência

“Falta dignidade na gestão de Campina Grande.

Coesão

“Estamos juntos. Seja qual for o nome escolhido pelo governador, marcharemos juntos. Não há vaidade pessoal de nenhum aqui (prefeitáveis da oposição).

Convicto

“Não tenho dúvidas de que as oposições vencerão as eleições. E para isto é preciso unidade e um projeto de mudança”.

“Saudade”

João Azevedo começou o seu discurso observando que “juro a vocês: eu estava com uma saudade disto aqui. Faz pouco tempo (da última campanha eleitoral), mas a gente já fica com uma saudade muito grande”.

Caminho único

“O bom da política é exatamente isto. A vida das pessoas só muda através da política, não existe outra forma”.

Retomada

Azevedo afirmou que “esta cidade precisa voltar a ser o que foi há algum tempo, que era a liderança real deste Estado, porque havia um cuidado maior com esta cidade”.

“Verso e prosa”

“Infelizmente – prosseguiu – se perdeu este cuidado, e se perdeu em versos e prosas. Os discursos eram muito bonitos, mas a ação, a prática, era outra completamente diferente”, disse em alusão velada ao ex-governador Ronaldo Cunha Lima.

Isonomia

“Vocês estão aqui ratificando como o governo do Estado está tratando os 223 municípios, e com Campina não é diferente”.

´Poeta´

O governador fez nova invocação ao passado, sem explicitar nomes, mas facilmente identificável no tempo: o racha no MDB (1998), que causou uma ruptura entre Ronaldo Cunha Lima e José Maranhão.

A menção oculta foi aos discursos do ex-governador e ex-prefeito Cássio Cunha Lima e aliados.

Invenção

“Durante muito tempo se vendeu aqui (em Campina) a imagem de que quem era de fora não gostava de Campina. E quando um governador que não era de Campina, aí é que não gostava mesmo. Isto foi uma falácia que foi inventada para encobrir a incompetência de muitos da terra (como governador ou prefeito) que não fizeram o que precisava ser feito. Esta é a questão!” – fustigou João.

Inexplicável

O governador evoluiu na cronologia e chegou à gestão do atual prefeito Bruno: “Campina recebe do SUS, do Ministério da Saúde, a mesma quantidade de recursos que o Estado recebe para tomar conta da saúde de toda a Paraíba. O mesmo valor! Não há justificativa para se ter a saúde pública que se tem em Campina”.

Ameaça à vida

Azevedo fez nova estocada indireta à gestão da PMCG: “Queremos resultados. Queremos sair de casa, levar o filho para uma unidade de saúde ou um hospital, e a energia não entrar em pane, queimando o tempo todo e pondo em risco a vida de quem está internado. É isto o que a população quer”.

´Me diz aí´

Ao indagar qual é a grande obra que se tem na cidade, João obteve a resposta do vice-governador Lucas: “O Arco Metropolitano”.

Sem diálogo

“O que acabou nesta cidade foi o diálogo. Aqui não se conversa, e tenta se colocar as coisas na base da imposição. Vocês têm acompanhado a luta grande na relação entre Câmara e Poder Executivo”, acentuou o governador.

´Goela abaixo´

João continuou na mesma tecla: “Não tem diálogo, (o prefeito) quer impor de goela abaixo. Passou o tempo dos coronéis na política! Isto a gente já enterrou. Ou se conversa ou não avança! Se não conversar não avança. É assim, a nova política exige isto”.

´Sepultadas´

João afirmou que “nós enterramos as pessoas que pensam ou pensavam serem donas de cidades; donas da vontade do povo”.

Fim da ´ditadura´

O governador disse que “nosso candidato é Jhony Bezerra, todo mundo sabe. Mas nós não estamos fechando portas. Quem estiver em melhores condições de fazer a disputa, fazer com que a gente tenha o retorno da democracia na gestão pública, nós vamos apoiar. É assim que se tem unidade e o sentimento muito claro de centro-esquerda que queremos unir em Campina”.

Indireta

“Jhony é um gestor operoso. Fazer gestão é preciso competência, é preciso compromisso, é preciso dedicação. É preciso humildade acima de tudo, coisa que nesta cidade falta muito para alguns gestores. Humildade! Entender que você tem que sentar no mesmo nível das pessoas”.

“Não aos coronéis!”

João Azevedo arrematou seu pronunciamento dizendo que “o povo de Campina quer mudanças (…) Temos uma oportunidade este ano de fazer uma mudança radical nesta cidade. De dizer não aos coronéis!”

 

Os dirigentes do PSD na Paraíba precisam combinar as suas falas…

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