Arimatéa Souza

´Fermento´ na folha de despedida

Arimatéa Souza
Publicado em 3 de janeiro de 2025 às 0:30

Arimatea Souza

Foto: ParaibaOnline

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´Nebulosidade´ funcional

A gigante Google anuncia para meados deste ano uma nova ferramenta que promete revolucionar o serviço de previsão de tempo no mundo inteiro.

Será possível, com 99% de possibilidade de acerto, fazer a previsão do tempo com até 15 dias de antecedência.

Um abalo na vida dos meteorologistas.

Recordando

Lembra o arremate da “nova ´canetada´”?

Consumação

Pois bem, o Semanário Municipal da Prefeitura de Campina Grande publicou ontem o primeiro ato do prefeito Bruno na sua segunda gestão: decreto com a exoneração “de todos os secretários, secretários adjuntos e secretários executivos, os dirigentes da administração indireta do Poder Executivo Municipal”.

Adendo

“Estão incluídos também no ato os demais ocupantes de cargos em comissão e funções gratificadas de livre nomeação”, fixa o Decreto.

De sobreaviso

O ato tem algo de incomum: “estabelece que os secretários e os dirigentes das entidades da administração indireta exonerados através do ato, devem permanecer na gestão, respondendo por seus cargos até a nomeação dos respectivos titulares ou até a dispensa do encargo”.

Traduzindo

Os secretários afastados ficam convocados a ficarem nos cargos – eventualmente com a ordenação de despesas – enquanto esperam os sucessores.

Garimpo

Na sua pregação na missa inicial de 2025, o bispo diocesano de Campina Grande, dom Dulcênio Fontes de Matos, frisou que “ao estudarmos a História Universal, e, nesta, a História do Brasil, perceberemos, sem muitos esforços, o papel singular da Igreja Católica para a colonização desta terra”.

Olhar ampliado

“A partir – prosseguiu o bispo – deste fator determinante, que não pode ser visto apenas com o olhar histórico, como também cultural, social, religioso e político, que devemos nos debruçar sobre as fontes cristãs, e daí entendermos que brasilidade de nossa terra é eminentemente católica, sem desprezar os demais segmentos religiosos que ganharam lugares no credo do povo brasileiro”.

Coisas diferentes

Dom Dulcênio acentuou que “a Igreja Católica nunca olvidou da laicidade do Estado brasileiro. Repudia, no entanto, as atitudes de laicismo. Mas qual a diferença? Laicidade é fazer do Estado uma instituição desprovida de credo, de religião oficial, mas que tenha respeito pelo sagrado, pela religião que seus súditos professam. Laicismo é uma ojeriza estatal de tudo o que é religioso ou faz referência a Deus”.

Se…

O bispo mais adiante, observou que “se viestes a esta Catedral para, ao serdes empossados para os vossos cargos, agradecerdes a Deus pelo ministério (chamemos assim à gestão que ora iniciais), é porque tendes acesa no coração a chama da fé. Se isto não acontece, estais fazendo deste momento sagrado, desta Liturgia, um momento apenas social, de status; uma representação”.

“Vos conhecemos”

“Mas, pelo que vos conhecemos isto passa por longe! Sabemos que estais aqui para colocar à disposição do Altíssimo os vossos mandatos. Estais comungando, não da tradição de vossos munícipes, mas da mesma fé deles, ou pelo menos da sua maioria, dos católicos: é a fé da Igreja de Cristo”, acrescentou.

“Respeito ao povo”

O bispo avançou enfatizando que “vossas atitudes são práxis de um Estado laico, que respeita as religiões, os credos e não relega ao esquecimento a vida espiritual dos seus governantes. Isto é respeito ao nosso povo”.

Invocação

“Trago no coração o que dizia o filósofo francês Jacques Maritain e o seu conceito de democracia. Em sua obra Cristianismo e Democracia, Maritain afirma: ´A democracia é de essência evangélica´, verbalizou o prelado.

“Queda dos valores”

Ainda em sua pregação dom Dulcênio refletiu com os presentes à celebração: “Mas, o que assistimos de fato nas democracias em todo mundo? Dentre tantos disparates, gostaria de referir-me a um que, penso eu, seja o iniciar de tantas desventuras: a queda dos valores”.

“Doentio”

“Muito embora as gerações se sucedam e com elas a mentalidade tipicamente concernente a elas, é anômalo, doentio, o que vemos acontecer em nosso cotidiano: notícias da imprensa ou mesmo constatadas por nós mesmos de transtornos éticos e morais: tudo é permitido. O pior é que, diante da falta de respeito, muitos dos nossos legisladores aplaudem e ratificam tais comportamentos desregrados e descabidos para uma sociedade cujas bases brotam da Cruz do Senhor”, discorreu o bispo.

“A banalidade é a moda”

Enfático, Dom Dulcênio atestou que “a banalidade é moda, e, o que é lastimável, torna-se lei. E, assim, caminha-se para a bestialidade, para o vazio. Basta-nos abrir os olhos e ver a depressão em tantos jovens, a falta de ideais realmente nobres em suas mentes. E, o limite para a migração de um Estado laico para um que seja laicista torna-se um frágil filete”.

União necessária

Na parte final de sua homilia, o bispo exortou que “é preciso que nos unamos, Estado e Religião, numa aliança que leve em conta a independência de cada uma das instituições, para darmos a volta por cima. Caso contrário, seremos cúmplices do entorpecimento do que é verdadeiramente fundamental e salutar à vivência em sociedade, a ética, e abeirar-se-á a selvageria”.

Situando

A celebração contou com a presença do prefeito reeleito Bruno Cunha Lima; de seu vice-prefeito, Alcindor Villarim; e do deputado (e ex-prefeito) Romero Rodrigues (Podemos).

Não recomendável

Apesar do transcurso, anteontem, do Dia Mundial da Paz, não convém chamar para a mesma confraternização o atual secretário de Saúde do Estado, Ari Reis, e o seu antecessor, o ex-prefeitável campinense Jhony Bezerra (PSB-CG).

Monitoramento

Jhony, por sinal, está com uma nova campanha midiática em Campina, anunciando um ´plantão 24 horas´ sobre a gestão do prefeito Bruno Cunha Lima.

‘Condimentos’ da despedida 

A folha de pagamento da Câmara Municipal de Campina Grande no mês de dezembro – sem considerar o pagamento do 13º salário – atingiu a cifra de R$ 2 milhões 271 mil.

Foi a última da gestão do ex-presidente Marinaldo Cardoso (Republicanos).

No mês anterior, havia sido de R$ 1 milhão 887 mil.

 

O prefeito Nabor Wanderley (de Patos) poderá receber uma ´missão´ em 2026…

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