Ex-senador no ´show da vida´

´Suprema visita´

O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Edson Fachin, esteve ontem em João Pessoa para participar do lançamento da ´Estratégia Nacional de Implantação da CRV (Central de Regulação de Vagas)´.

Trata-se de uma iniciativa inerente ao programa Pena Justa, criado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) para enfrentar a desafiadora (e preocupante) superlotação carcerária.

“O cárcere deve operar dentro da lei e ser permanentemente avaliado por sua eficiência e humanidade”, assinalou o ministro.

Adubo à reincidência

À ótica de Fachin, na forma que operam hoje, as prisões brasileiras reforçam a segregação de grupos já vulnerabilizados, sem dar mostras que essa segregação objetive um dia reintegrá-los à sociedade. Pelo contrário, a precariedade dos estabelecimentos parece contribuir justamente para a reincidência”.

“A segurança pública também passa pelo cuidado dentro das prisões”, advertiu.

“Amplia a insegurança”

Noutro momento de suas declarações, o presidente do STF observou que “ao olharmos com atenção para as pessoas que cometeram crimes, sem nos esquecermos das vítimas, protegemos a integridade do sistema jurídico e da democracia. Porque, em última instância, um sistema penal que viola direitos não protege ninguém, ao contrário, amplia a insegurança, dissemina a violência institucional, e debilita a confiança no estado”.

Suporte

Ainda na pauta da segurança pública. O governo federal deverá lançar nesta quarta-feira um programa para fortalecer e qualificar as Guardas Municipais.

Serão publicados editais (R$ 65 milhões) do Fundo Nacional de Segurança Pública para projetos de compra de equipamentos e capacitação dos agentes municipais.

Sem vácuo

De acordo com a ´CNN Brasil´, “a aproximação” entre Hugo Motta, presidente da Câmara Federal e deputado pela Paraíba, “com o Planalto (governo federal) pode resultar em indicações de pessoas consideradas ´de sua confiança´ para cargos que foram esvaziados após a saída de membros do União Brasil e PP”.

Nova/velha casa

O prefeito pessoense Cícero Lucena oficializou ontem a sua opção pelo MDB como novo destino partidário, com um vídeo gravado ao lado do senador Veneziano Vital, presidente estadual do partido.

Mosaico

Pra lá de midiático, Cícero apareceu numa foto em suas redes sociais segurando nas mãos uma montagem com as imagens dos ex-senadores Humberto Lucena, Antonio Mariz, Ronaldo Cunha Lima e José Maranhão – líderes do MDB regional ao longo das últimas décadas.

Calejado

Cícero seguiu propagando que pretende votar no governador João Azevedo para senador no ano que vem, a menos que o próprio não aceite o seu apoio.

Caminho de volta

Na acolhida formal ao novo e ilustre filiado, Veneziano realçou justamente esse aspecto emblemático: “Tem muitos significados e simbolismos. Primeiro, o retorno de Cicero ao MDB, que foi a sua primeira casa, na condição de vice-governador, depois ministro indicado pelo MDB, prefeito da capital por duas vezes pelo MDB. Cícero retorna conhecendo bem o espírito democrático de um partido que se fez com grandes conquistas e com grandes nomes”.

Reforço de peso

O senador acrescentou que a volta de Cícero reforça a presença do partido na disputa eleitoral do ano que vem em todo o estado: “Fortalece a candidatura do MDB tanto para governador, quanto à disputa senatorial e proporcional”.

Alianças

Em entrevista ao programa ´Hora H´, o senador Veneziano informou que “Cícero esteve com Pedro Cunha Lima recentemente e a gente vai continuar buscando um apoio, que é importante, do PSD”.

´Divórcio´

Foi consumado o ensaiado desligamento do ex-presidenciável Ciro Gomes do PDT.

“Não desejo reproduzir neste documento (comunicado da desfiliação) as razões que me levam a esta dificílima decisão”, registrou Ciro.

´No papel´

Por falar em consumação, a direção nacional do PSB finalmente oficializou que João Azevedo é o presidente da legenda na Paraíba.

Lembrete aos leitores

Já está em vigor a limitação de transmissões via WhatsApp.

Potenciais aliados

Deputados do Republicanos na Paraíba – presidente do partido Hugo Motta no meio – estiveram reunidos no final de semana.

Um desses encontros foi com o ´dono´ do Progressistas no Estado, deputado Aguinaldo Ribeiro.

Intensivão

Ao relatar a parte partidária da conversa, o deputado (licenciado) Wilson Filho (REP) informou que Hugo “se comprometeu de estar presente semanalmente na Paraíba e dar andamento às reuniões, a partir do que ele apresentou como proposta inicial ao partido, que foi a união de forças” em prol de um projeto liderado pelo governador João Azevêdo, pelo vice-governador Lucas Ribeiro, e que tem o nome de Nabor Wanderley (REP) para o Senado.

“Passo a passo”

“Nós estamos discutindo para que o partido POSSA BUSCAR a unanimidade. Mas é um processo que acontece passo a passo. Eu tenho certeza que as coisas vão avançar”.

Resgate

É oportuno recordar que, há alguns dias, o deputado Felipe Leitão (REP), 1º secretário da Assembleia Legislativa, disse à ´CBN` que um rompimento do grupo integrado por ele, pelo deputado-presidente Adriano Galdino (REP), pelo deputado federal Murilo Galdino (REP), mais cinco deputados estaduais e 30 prefeitos que acompanham esse grupo para onde ele for, botaria um “prego no caixão” da candidatura situacionista (Lucas Ribeiro) a governador.

Na tela

No último domingo, o programa Fantástico, da TV Globo, veiculou uma reportagem sobre alguns cartórios do Rio de Janeiro que são alvo de denúncias por fraudes, com documentos falsos, desvios e venda de bens de vítimas.

Denúncia

Um dos casos citados é o de Raquel Otila, que mora em Portugal e denunciou à polícia uma suspeita de fraude.

Ela nega ter assinado cinco documentos: quatro procurações e um contrato.

Litígio

Por 16 anos, ela foi casada com o ex-senador paraibano Ney Suassuna, do Republicanos. Após o fim do casamento, os dois não entraram em acordo sobre a divisão dos bens.

No exterior

“Nessa época eu já não morava no Brasil. Eu sequer estava no país. Então, é impossível que eu tivesse assinado presencialmente essas procurações”, afirmou Raquel à reportagem do programa.

Prova

Ela apresentou à Polícia Civil um documento da Polícia Federal que comprova que não estava no Brasil nas datas das assinaturas, entre maio de 2020 e novembro de 2021.

Recusada

Na semana passada, o Ministério Público denunciou uma funcionária do cartório e Ney Suassuna por falsificação de documento público.

A denúncia foi rejeitada pela Justiça por falta de provas.

O detalhe

O MP ainda não foi notificado da decisão e pode recorrer. A investigação contra o cartório continua na Corregedoria Geral da Justiça.

Calúnia

Ney Suassuna não quis gravar entrevista para a Globo.

Em depoimento à polícia, ele negou ter falsificado documentos e disse que pretende processar Raquel por denunciação caluniosa.

As ´garras´ da candidatura de Nabor ao Senado só aparecerão em abril próximo…