Arimatéa Souza

Chapa da oposição sendo desenhada?

Arimatéa Souza
Publicado em 25 de setembro de 2025 às 0:30

Foto: Leonardo Silva/ ParaibaOnline

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“Abrigo de criminosos”

Foi assertivo o parecer do senador (e delegado de polícia) Alessandro Vieira (MDB-SE), relator no Senado da tramitação da ´PEC da Blindagem´ (ou da Impunidade).

Ele considerou que a emenda é inconstitucional e poderia transformar o Legislativo em “abrigo seguro para criminosos”.

“A PEC que formalmente aponta ser um instrumento de defesa do Parlamento, é na verdade um golpe fatal na sua legitimidade, posto que configura portas abertas para a transformação do Legislativo em abrigo seguro para criminosos de todos os tipos”, sublinhou o relator.

“Anseios escusos”

“Trata-se do chamado desvio de finalidade, patente no presente caso, uma vez que o real objetivo da proposta não é o interesse público e tampouco a proteção do exercício da atividade parlamentar, mas sim os anseios escusos de figuras públicas que pretendem impedir ou, ao menos, retardar, investigações criminais que possam vir a prejudicá-los”, asseverou o senador.

“Real objetivo”

Conforme Alessandro, “a presente PEC teria o real objetivo de proteger autores de crimes graves, como corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, o que configura claro desvio de finalidade e, consequentemente, inconstitucionalidade”.

Rumo ao arquivo

Ainda sessão da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, que ´sepultou´ a aludida PEC por unanimidade de seus 27 senadores, o senador Veneziano Vital (MDB) pontificou que “não poderia ser outro o posicionamento do Senado”.

Arco retórico

“Qualquer nome, qualquer adjetivo, que possa negativar, que possa repulsar o que nós assistimos na Câmara, o (dicionário) Aurélio não nos é ainda suficiente: seja a ´PEC da Bandidagem´, apropriada; seja a ´PEC da Impunidade´, do ´Vale Tudo´, todas essas adjetivações são apropriadas”, verbalizou o senador.

“Susto”

Segundo o senador, “eu tomei um susto, sinceramente. Eu não acreditava que seria possível produzir-se uma proposta legislativa com tamanho deboche como nós vimos”.

Sem exceção

“Eu fiquei estarrecido ao ler a matéria. Diante de toda essa agressão e violência, não foi feita (na PEC) alguma exceção?” – recordou a sua reflexão inicial.

“Tapa”

“Foi um tapa na face da sociedade brasileira. Foi a pretensão de se constituir uma supercasta de homens e mulheres, que por ventura dotados de condições materiais poderiam se escudar em mandatos em qualquer casa legislativa. É algo acintoso, indecente e indecoroso”, discursou o emedebista.

Exemplar

Após destacar “as efetivas e eloquentes mobilizações Brasil afora”, domingo último, Veneziano disse que “venturosamente, sepultada está essa matéria, que servirá de exemplo para que as casas legislativas tenham a atenção devida e se preocupem muito mais com as suas imagens”.

“Sem retrocessos”

“Reafirmo o meu posicionamento contra à PEC da Blindagem. Sem retrocessos”, postou a senadora Daniella Ribeiro (PP) em suas redes sociais.

“Voz das ruas”

O senador Efraim Filho (União) declarou que “o Parlamento não pode representar o povo brasileiro e, ao mesmo tempo, ignorar a voz das ruas”.

Encaminhamento

“Orientamos o voto contrário à ´PEC do Mandato Parlamentar´ (da Blindagem), por acreditar que o Brasil já está cansado de assistir, repetidamente, a casos clássicos de impunidade”, recomendou Efraim os colegas de bancada.

“Evidentes”

O senador observou adicionalmente que “reconhecemos que existem excessos e alguns abusos são evidentes, mas proteger prerrogativas não pode se tornar sinônimo de blindagem ou privilégio”.

Com o ´cardeal´

Efraim Filho informou que esteve esta semana com o ex-senador Cássio, e que “nós seguimos conversando e com a mesma linha do início do ano. A conversa com Pedro e com Cássio vem avançando, vem seguindo a unidade das oposições”.

Proximidade

“Nós estamos juntos e tem sido conosco que eles conversam, tiram fotos, que agendam reuniões, apesar das especulações que existem na imprensa e de setores da política”, acentuou o senador.

Da boca de…

“… Veneziano tem feito muito por Campina. E seria injusto não votar nele…” (vereador-presidente da Câmara Municipal de Campina Grande, Saulo Germano, do Podemos, ao externar apoio à reeleição do senador).

Salseiro

Está azedo o relacionamento entre os vereadores oposicionistas campinenses Olímpio Oliveira (Podemos) e Waléria Assunção (PSB).

O pano de fundo é uma decisão judicial favorável a um projeto de Olímpio relacionado à causa animal, que Waléria estaria – segundo o edil – tentando se apropriar de forma indevida e midiaticamente.

´Um punhado´

O Sindicato dos Bancários da Paraíba informou que o Bradesco está fechando 25 agências no Estado.

Retrovisor

Coluna do dia 14 de julho último: “Veneziano e Romero: cada vez mais próximos…”

Retrovisor II

Coluna do dia 15: “Quando você tem respeito e faz política sem ser a política de ataque pessoal, tudo é possível”, afirmou o deputado Romero Rodrigues (Podemos) sobre a possibilidade de vir a integrar, como candidato a vice, a chapa a ser provavelmente liderada pelo Cícero Lucena Filho (sem partido).

Retomada

Cícero Lucena já retomou as suas atividades administrativas e articulações políticas após a caminhada em Santiago de Compostela (Espanha).

Cupular

Nesta quarta-feira, ele esteve em Brasília – ao lado de seu filho e deputado federal Mersinho Lucena (PP) – com o novo presidente nacional do PT, Edinho Silva.

“Conjuntura”

“Tivemos um encontro com Edinho Silva para discutir as parcerias administrativas entre a União e a Prefeitura de João Pessoa, além da conjuntura nacional e da política estadual”, comentou Cícero posteriormente.

Contato direto

Após o contato com o petista, Cicero esteve reunido com o senador Veneziano Vital, presidente estadual do MDB.

“Aguardar”

“Cícero veio tratar sobre vários assuntos, inclusive política. O prefeito sabe o momento em que vai tomar a sua opção partidária. Vamos aguardar”, comentou o senador, que na noite de ontem esteve novamente com Cícero e Mersinho numa audiência com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

O detalhe

Veneziano iria participar da reunião de Cícero com o presidente nacional do PT, mas não se fez presente por conta da apreciação da ´PEC da Blindagem´ na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

“Inclinação”

Em entrevista, o senador revelou que “há uma inclinação quase definitiva, muito clara, no sentido de o deputado Romero Rodrigues (Podemos) apoiar a candidatura de Cicero”.

“Eu apenas sinto isso. Mas só quem pode dizer é o próprio deputado”, adendou o ´V´.

Intuitivo

O senador reforçou em entrevista à ´Arapuan FM´: “Meu sentimento é de que Romero dirige-se para apoiar a candidatura de Cicero. Mas só ele mesmo pode dizer”.

Próximos passos

Veneziano comentou que a intenção do prefeito pessoense é procurar, nos próximos dias, o ex-senador Cássio, Pedro Cunha Lima e o prefeito Bruno Cunha Lima (CG) para discutir a sucessão estadual de 2026.

Variáveis

O ´V´ admitiu que está no ´radar´ de parte da oposição paraibana uma chapa composta por ele, Cícero e Pedro; ou Cícero, Romero e Veneziano; ou Cicero, Juliana Cunha Lima e Veneziano.

“Fortes”

“Seriam chapas consideravelmente fortes e representativas”, projetou, com a ressalva de que “não tenho como projetar como se dará de maneira definitiva”.

Convicção

Incisivo, Veneziano afirmou que “não tenho dúvidas” de que Cicero Lucena deverá viabilizar um palanque para o presidente Lula na Paraíba.

“O prefeito Cícero bem sabe de minha posição (sobre o governo Lula), que é retilínea. Na Paraíba, o nosso palanque é o de Lula”, salientou.

Reatamento da convivência

O senador realçou que “houve momentos de distância” entre o prefeito da Capital e a família Cunha Lima, “que me parece foram superados”.

 

A ´natimorta´ PEC da ´Impunidade´ tem um pai: deputado Hugo Motta…

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