Arimatéa Souza

Caracol junino

Arimatéa Souza
Publicado em 28 de maio de 2025 às 0:42

Arimatea Souza

Foto: Foto: ParaibaOnline

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Recado público

Hugo Motta, paraibano presidente da Câmara Federal, em suas redes sociais: “O Executivo não pode gastar sem freio e depois passar o volante para o Congresso segurar. O Brasil não precisa de mais imposto. Precisa de menos desperdício”.

Retrovisor

É preciso retroagir no calendário para contextualizar o que se passou nesta terça-feira em Campina Grande.

Plenárias

Dia 8 último, João Azevedo presidiu as audiências públicas regionais do Orçamento Democrático Estadual 2025 na cidade de Itaporanga.

O inesperado

A certa altura, irrompeu no meio da multidão o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena Filho (PP), que literalmente atravessou a BR 230, quase a partir do quilômetro zero, que fica em Cabedelo, para fazer uma ´surpresa´ ao aliado e governador, sob o calor asfixiante do Sertão paraibano.

Cenário

Em edição posterior desta coluna, o fato acima referido foi sintetizado da seguinte maneira: “A ´semiótica´ observada quando da chegada de Cícero, em ritmo de campanha, sugeriu uma espécie de surpresa misturada a um mal-estar”.

O esperado

Voltemos à parcialmente ensolarada manhã desta terça-feira. Muitos jornalistas, autoridades e convidados aguardavam João Azevedo para a apresentação do plano operacional dos festejos juninos deste ano.

O inesperado

Subitamente, aparece Cícero Lucena no Centro de Convenções Vital do Rêgo, com um ´outdoor´ na testa de pré-candidato a governador.

O que ele disse?

Cícero Lucena comentou inicialmente em entrevista sobre a provável candidatura ao governo.

Condicionalidade

“(depende de) O povo querer e a base dos partidos aliados desse projeto de continuidade possa obviamente, com unidade, encontrar aquele nome que possa dar continuidade e que possa ter a certeza de um governo municipalista, com capacidade de desenvolvimento. Um governo do estado que venha ser aliados dos municípios.

Candidatura natural

(do vice-governador Lucas Ribeiro) “Candidatura majoritária não é vontade pessoal, é construção de apoios e de objetivos.

Encontros com oposicionistas

“Eu não vejo quem não é que não está participando disso. Eu desafio quem é votado só por um partido na Paraíba. Se você é convidado por um prefeito e esse prefeito tem relações com a oposição, eu não vou ser mal educado e me retirar desses encontros e desses eventos. Eu tenho uma formação democrática.

Prazo para definições

“É bom sempre se buscar o consenso. E é isso que a minha vida e a minha história tenho praticado. O momento ideal é aquele que se conseguir o consenso para dar continuidade a esse projeto que está dando certo.

Conclamação

“Vamos retirar as questões pessoais e botar os objetivos em favor do estado da Paraíba.

Independe do PP para ser candidato?

“A gente está participando de um partido que está na base do governador. Depende do PP, do Republicanos, depende do PSB, de outros partidos. O projeto não é pessoal, é de governo.

Apoia reeleição de Lula?

“Se a base que nós tivermos a possibilidade de ser candidato estiver dentro do apoio ao governo federal, claro que nós temos que seguir.

Fim da reeleição

“Sou a favor, há muito tempo que eu defendo que seja encerrado o processo de reeleição e ampliado o mandato. Temos menos de seis meses que os prefeitos foram reeleitos e já está se falando numa eleição para daqui a um ano e pouco. E isso o povo não aguenta, o custo é muito alto para a Nação”.

Quem estava à espera

Instantes depois, na companhia do secretário de Comunicação, Nonato Bandeira, João Azevedo chegou ao recinto e se deu conta de que Cícero – cada vez mais – não se contém nos limites geográficos da capital paraibana.

Recepção

“Vim prestigiar o chefe”, afagou Cícero, pelo que se pode escutar em meio ao barulho no local”.

“Bom demais”, agradeceu comedidamente o governador.

Descolados

Durante a entrevista coletiva, um distanciamento regulamentar entre governador e prefeito, postura que se estendeu ao longo da visita feita aos equipamentos de segurança disponibilizados para utilização nos eventos juninos.

Retirada

Já era tarde quando a apresentação do planejamento junino terminou.

O governador deixou o local sem a companhia do prefeito e – presumivelmente – regressou imediatamente a João Pessoa.

Sintomático

Na cobertura oficial do evento, foi ´cirúrgico´ o registro da participação do prefeito de João Pessoa.

Incógnita

A tarde transcorreu sem notícias sobre o paradeiro de Cícero nas horas seguintes à sua passagem pelo Centro de Convenções.

Comensais

Quando o crepúsculo era avistado da Serra da Borborema, soube que o pré-candidato Cícero estendeu a sua permanência em Campina para almoçar num restaurante – nos arredores da cidade – com potenciais apoiadores de sua esperada candidatura ao governo.

À mesa

No almoço estavam presentes o presidente da PB-Saúde, Jhony Bezerra, o ex-vereador Marinaldo Cardoso (Republicanos), o vereador Tertuliano Maracajá (REP) e empresários do setor da construção civil local, flagrantemente simpáticos à postulação de Cícero.

Cardápio paralelo

Presumivelmente, entre uma garfada e outra, Cícero não conversou sobre as obras do ´Parque da Cidade´ ou sobre a ´Semana do Bebê´ que ele abriu no começo desta semana.

´Arranhada´

De sua parte, na entrevista que concedeu ontem em Campina, o governador falou pouco sobre política, mas cutucou obliquamente o prefeito da cidade.

Disponibilidade

Ao contrário de pronunciamentos pretéritos, João disse ontem que o seu governo dispõe de dinheiro para apoiar diretamente a realização do Maior São João do Mundo, mas que não é demandado para tanto.

Dinheiro na conta

Eis o que o governador disse: “Campina Grande tem uma característica diferente. A empresa que realiza o São João (Arte Produções), ela não solicita apoio. Nós estamos com recursos disponíveis. Mas, infelizmente, não há viabilidade de o estado fazer esse aporte em função da não solicitação da empresa.

Inferência

“Os motivos que levam a empresa a não solicitar, eu não tenho a mínima ideia. Mas se imagina!

“Problema nenhum”

“Não há a intenção da empresa de receber nada do Estado, porque talvez tivesse que colocar o logotipo do estado e entraria em choque com outros interesses. É apenas isso. Mas da nossa parte não teria problema nenhum para fazer um aporte financeiro para o São João de Campina Grande”.

´Anarrie´

Sobre o mesmo assunto – apoio financeiro direto à promoção do São João de Campina -, João Azevedo declarou o seguinte em maio de 2023: “É importante entender que essa discussão sobre o São João de Campina ela fica restrita única e exclusivamente à pergunta se o governo do Estado vai colocar dinheiro na mão do empresário que faz o São João. Se o Estado fizer isso, está resolvido e nunca mais se toca na pauta. E não é essa a questão”.

Ainda o governador: “Infelizmente, a leitura é limitada. Quanto vai o estado dar para a empresa privada que está fazendo o São João de Campina? Nada! Não é assim que a gente apoia”.

 

Olhos para as sirenes…

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