Arimatéa Souza

Bola dividida para João

Arimatéa Souza
Publicado em 5 de setembro de 2025 às 0:20

coluna aparte

Foto: Leonardo Silva

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Estancar

A Câmara Federal aprovou, por votação simbólica, anteontem, o projeto que dá fim aos descontos relativos a mensalidades associativas nos benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A autoria é do deputado Murilo Galdino (Republicanos-PB).

Removido

Objetivamente, o projeto retira da Lei da Previdência Social o dispositivo que prevê a possibilidade de desconto relacionado a “mensalidades de associações e demais entidades de aposentados legalmente reconhecidas, desde que autorizadas por seus filiados”.

Incondicional

A legislação passará a prever que “é vedada a realização de descontos, nos benefícios pagos pelo INSS, referentes a mensalidades, contribuições ou quaisquer outros valores destinados a associações, sindicatos, entidades de classe ou organizações de aposentados e pensionistas, ainda que com a autorização expressa do beneficiário”.

Fresta

O ´Estadão´ repercutiu a aprovação do projeto e observou que “permanece na lei a possibilidade de descontos relacionados a empréstimos, financiamentos e operações de arrendamento mercantil concedidos por instituições financeiras”.

Propagação

O mesmo jornal noticiou que uma investigação da Polícia Federal detectou uma nova leva de vazamentos de decisões de ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

´Recidiva´

Decisão no Superior Tribunal de Justiça, com a relatoria da magistrada Regina Helena Costa, acolheu recurso do Ministério Público Federal (MPF) e determinou a devolução ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região (Recife-PE) de uma ação que tem como um dos réus o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, visando uma revisão no julgamento para suprir uma “omissão”.

Histórico

Trata-se de uma ação de improbidade administrativa, decorrente de “suposta fraude em licitação, superfaturamento, alterações nos contratos e pagamentos por serviços não executados”.

Sem fim

O caso envolve a Construtora Coesa, que ganhou um processo licitatório em 1992 na prefeitura pessoense, e esse processo teria sido – conforme o MPF – utilizado indefinidamente para a contratação e realização de outras obras na PMJP.

Agora é Lula

“A extrema-direita tem muita força no Congresso Nacional”.

Presidente, ontem, em discurso em Belo Horizonte (MG).

“Sem chance”

Ainda na última quarta-feira, Cícero Lucena começou a ´taxiar´ os seus movimentos (e palavras) para anunciar o já esperado desligamento do Progressistas: “Eu não posso ficar dentro de um partido que, com certeza, não vai me dar a chance de ser o candidato”.

Indicativo

Na noite do mesmo dia, em encontro com a sua base política na Câmara Municipal, Cícero sinalizou a iminência do gesto partidário.

Postura

Nessa conversa entre aliados, o vice-prefeito Leo Bezerra (PSB) reafirmou a sua lealdade e apoio a Cícero, mas deixou claro que o seu candidato ao Senado é João Azevedo (PSB).

“Muitas emoções”

“A reunião com o prefeito Cícero foi um show de Roberto Carlos: muitas emoções. Teve até choro do (vereador) Zezinho do Botafogo”, relatou posteriormente o vereador Mô Lima (PP).

Inconciliável

Na manhã de ontem, em entrevista, o prefeito da Capital relatou que “minha convivência com o PP foi muito importante para o meu retorno à vida política. Trocamos colaborações. O deputado Aguinaldo (Ribeiro) e a senadora Daniella (Ribeiro) me ajudaram nesse processo, mas chegou um momento que está tendo desencontros dentro do partido sobre o possível candidato”.

Manter o diálogo

“Eu quis deixar o PP à vontade para que ele possa efetivamente, se achar que Lucas é o candidato, que seja. Vamos discutir, vamos debater, vamos nos respeitar e respeitar a Paraíba. E, se ele (PP) achar que eu possa ser o candidato mais na frente, estarei à disposição para isso”, discorreu Lucena.

´Andar de cima´

O prefeito informou que “já comuniquei ao presidente nacional do partido, o senador Ciro Nogueira (PI), que foi um dos responsáveis para que eu fosse para o PP”.

Em sigilo

Cícero foi comedido ao tratar sobre a nova opção partidária: “Têm vários partidos. Eu, inclusive, sou grato a todos aqueles que têm nos procurado, que têm conversado. Nem todos que foram noticiados eu tive algum contato com o presidente, mas isso nós estamos avançando”.

Cara a cara

O prefeito de João Pessoa registrou que hoje terá uma audiência com o governador João Azevedo (PSB) para justificar a sua decisão de deixar o PP e – o mais importante e controverso – reafirmar o apoio à pré-candidatura do próprio João ao Senado, independente de sua nova opção partidária – “se ele quiser”.

Foi avisado

Cícero frisou que “eu tenho sinalizado para ele essa condição de deixar o partido”.

Rápido

O senador Veneziano Vital foi o oposto do comedimento de Cícero e ainda ontem publicizou o convite para que ele migre para o MDB: “Com a decisão anunciada pelo próprio Cícero de deixar o PP, sinto-me, na qualidade de presidente estadual do MDB, muito à vontade para fazer o convite, para que Cícero retorne ao partido que já integrou”.

´Se correr…

A posição de Cícero Lucena de propagar a continuidade do seu apoio ao nome de João para o Senado coloca o governador numa espécie de ´saia justa´, porque aceitar o apoio significaria abrir uma nova fissura no grupo político que ele (em tese) comanda, com uma consequente (e até natural) indisposição da família Ribeiro.

´Se ficar…

Recusar, por antecipação, o expressivo apoio do prefeito da Capital, justamente na principal concentração de eleitores do Estado, seria colocar em xeque o seu favoritismo na disputa, notadamente num instante em que o prefeito de Patos, Nabor Wanderley (Republicanos) usa o que Veneziano chamou de “canhão” – que seria ter o filho Hugo Motta como presidente da Câmara Federal – para arregimentar apoios pela Paraíba afora.

Deliberada exitação

Uma constatação praticamente incontroversa é que João Azevedo não consegue liderar o seu grupo político, apesar do poder conferido por outro ´canhão´ – o governo da Paraíba.

E aí não há como deixar de recordar o lendário ex-governador baiano e ex-ministro Antonio Carlos Magalhães: “O poder não admite indecisão. O poder exige, sim, coragem no decidir. O poder não gosta de indecisos!”.

 

O PP vai entregar os cargos na PMJP?…

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