“Um dom”

Dia 11 último, foi celebrado o Dia Mundial da População. A mensagem do papa Francisco sobre a data foi marcante.

A seguir, trechos dela para nossa reflexão.

“Sempre me chamou a atenção o fato de essas teses, hoje datadas e há muito ultrapassadas, falarem de seres humanos como se se tratasse de problemas. Mas a vida humana não é um problema, é um dom. E na base da poluição e da fome no mundo não estão as crianças que nascem, mas as escolhas de quem só pensa em si próprio, o delírio de um materialismo desenfreado, cego e galopante, de um consumismo que, como um vírus maligno, mina pela raiz a existência das pessoas e da sociedade.

Escolhas

“O problema não tem a ver com quantos somos no mundo, mas com o tipo de mundo que estamos a construir – esse é o problema – não são os filhos, mas o egoísmo, que cria injustiças e estruturas de pecado, a ponto de tecer interdependências doentias entre os sistemas sociais, econômicos e políticos.

Vazios e tristezas

“O egoísmo torna-nos surdos à voz de Deus, que ama primeiro e ensina a amar, e à voz dos irmãos que estão ao nosso lado; anestesia o coração, faz-nos viver de coisas, sem perceber para quê; induz-nos a ter muitos bens, sem saber fazer o bem. E as casas ficam cheias de objetos e vazias de crianças, tornando-se lugares muito tristes.

O que falta

“Não faltam cãezinhos, gatos… estes não faltam. Há falta de crianças. O problema do nosso mundo não é o nascimento de crianças: é o egoísmo, o consumismo e o individualismo, que tornam as pessoas saciadas, sozinhas e infelizes. O número de nascimentos é o primeiro indicador da esperança de um povo. Sem crianças e jovens, um país perde o seu desejo de futuro.

Europa

“O Velho Continente está a transformar-se cada vez mais num continente velho, cansado e resignado, tão ocupado a exorcizar a solidão e a angústia que já não sabe saborear a verdadeira beleza da vida na civilização do dom.

O que dá lucro

“E há um fato que um demógrafo me contou. Neste momento, os investimentos que dão mais rendimento são a fábrica de armas e os contraceptivos. Um destrói a vida, o outro impede a vida. E estes são os investimentos que dão mais rendimento. Que futuro nos espera? É terrível.

“Hemorragia”

“Apesar de tantas palavras e de tantos esforços, não se consegue voltar atrás. Como é possível? Por que não se consegue travar esta hemorragia de vida?

A questão é complexa, mas isso não pode nem deve tornar-se um álibi para não a enfrentar.

Semeadura

“A nível institucional, é urgente a adoção de políticas eficazes, de escolhas corajosas, concretas e a longo prazo, para semear hoje para que os filhos possam colher amanhã. É necessário um maior compromisso por parte de todos os governos, para que as jovens gerações estejam em condições de realizar os seus legítimos sonhos. Trata-se de pôr em prática opções sérias e eficazes a favor da família.

Relações…

“Não esqueçamos: o futuro dos filhos e dos netos constrói-se também com as costas doloridas de anos de trabalho e com os sacrifícios escondidos dos pais e dos avós, em cujo abraço se encontra o dom silencioso e discreto do trabalho de uma vida inteira.

… Intergeracionais

“E, por outro lado, o reconhecimento e a gratidão para com eles por parte dos que crescem é a resposta saudável que, como a água misturada com o cimento, torna a sociedade sólida e forte. São estes os valores a defender, é esta a cultura a difundir, se quisermos ter um amanhã.

Resistência

“Dirijo-me sobretudo aos jovens. Sei que, para muitos de vós, o futuro pode parecer ameaçador e que, face à desnatalidade, às guerras, às pandemias e às alterações climáticas, não é fácil manter viva a esperança. Mas não desistais, tende fé, porque o amanhã não é algo inelutável: construamo-lo juntos, e neste “juntos” encontremos antes de mais nada o Senhor”.

Pra já

A Fundação Pedro Américo anuncia para os próximos dias a inauguração do MAC – Museu de Arte e Ciência de Campina Grande, no bairro do Catolé.

Na cúpula

João Paulo Freire, secretário executivo do governo estadual e correligionário da vereadora campinense Eva Gouveia, esteve na última semana em reunião com o presidente nacional do PSD, ex-ministro Gilberto Kassab, “para conversar sobre a Paraíba e sobre Campina”.

Longe da urna

Nos bastidores da Câmara campinense, já se especula que alguns dos atuais vereadores já tomaram a decisão de não tentar a reeleição em outubro próximo.

2ª feira filosófica

“Saudade é um sentimento que, quando não cabe no coração, escorre pelos olhos”.

Músico Bob Marley (já falecido).

Pulsação

Com o afunilamento das decisões políticas e eleitorais, em função do calendário das convenções partidárias que se avizinham, cabe resgatar recentes declarações do prefeitável do PSB em Campina Grande, Jhony Bezerra.

Estendida

“Minha amizade com Romero Rodrigues ultrapassa o campo da política.

Interlocutor

“Romero tem dialogado com o governador (…) A aliança está sendo tratada pelo governador.

Familismo

“Se você analisar Campina nos últimos trinta anos, é basicamente o mesmo modelo de gestão. Famílias que se alternam no poder, sem nada de muito inovador.

Cacifado

“O PSB tem estrutura para ser cabeça de chapa.

Na oposição

“Tenho boa relação com (o deputado) Inácio Falcão e os companheiros do PCdoB.

Vaga de vice

“PP, PDT e PSD integram o nosso arco de aliança. O vice sairá desses partidos, evidentemente”.

Deputado não é indispensável

Ainda Jhony Bezerra: “Não há espera por Romero. Não sairia do cargo de secretário se não fosse para disputar e ganhar as eleições.

“O PSB e o nosso grupo político têm hoje capacidade de SOBRA para ganhar as eleições, independente da presença de Romero”.

Por que Tovar ainda alimenta o desejo de ser candidato a vice-prefeito?…