Padre Egídio de Carvalho, ex-diretor do Hospital Padre Zé e secretário executivo da Ação Social Arquidiocesana, é acusado de desviar recursos expressivos, comprometendo a oferta de serviços essenciais à população mais carente.
O sacerdote possuía uma coleção de propriedades, incluindo uma cobertura à beira-mar e uma granja, ambas mobiliadas com artigos de alto padrão.
Enquanto isso, o hospital filantrópico enfrentava dificuldades financeiras, resultando na mendicância por remédios e alimentos para os pacientes.
O Ministério Público revelou que o esquema de corrupção desviou mais de 560 mil reais em uma única nota fiscal de refeições, além de 72 mil reais destinados à assistência a venezuelanos. A iniciativa deixou de distribuir 8 mil refeições diárias em cinco cidades da Paraíba.
Além de padre Egídio, foram presas na semana passada Janine Dantas, diretora administrativa do Hospital Padre Zé, e Amanda Duarte, supervisora da tesouraria do Instituto São José, responsável pela gestão do hospital.
Foto: Frame/TV Paraíba
As investigações indicam que Padre Egídio movimentou 4,5 milhões de reais em contas pessoais entre 2021 e julho de 2023.
A Arquidiocese, que supervisiona as atividades e a gestão da Ação Social Arquidiocesana, emitiu uma nota esclarecendo que a apresentação feita por Padre Egídio e pela contadora da instituição não foi uma prestação de contas, mas sim uma exposição dos projetos em andamento.
A Arquidiocese afirma estar à disposição para esclarecimentos adicionais.
Enquanto o advogado de Padre Egídio considera a possibilidade de um pedido de habeas corpus ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), a defesa de Janine e Amanda recorreu contra a prisão das duas, alegando fragilidade nos motivos apresentados para detenção.
*com informações da TV Cabo Branco