João dá recado aos ´ex-amigos´
Ano atípico
Na última quarta-feira, a Associação Comercial e Empresarial de Campina Grande promoveu a confraternização de final de ano com seus associados e convidados.
Na ocasião, o presidente da entidade, Marcos Procópio, avaliou para os presentes que 2019 “foi um ano delicado para muita gente, mas também de mudanças e transformações”.
Em mutação
À sua ótica, o País está “buscando uma mudança de ciclo”, e 2020 “vai ser um ano melhor, mas também de dificuldades”.
Engajamento
Procópio também enfatizou a necessidade de maior envolvimento dos segmentos empresariais e sociais da cidade com as demandas e desafios do cotidiano, ressaltando que poucas pessoas se dedicam às causas coletivas.
“Os heróis anônimos não aparecem”, lamentou.
Mobilização
“As coisas não acontecem por si, e não são apenas agentes políticos que estão fazendo as coisas funcionarem”, grifou o dirigente classista.
Prefeitável
Marcos Procópio também se referiu à recente menção, por parte do prefeito Romero Rodrigues, do seu nome como um líder capacitado para dirigir os destinos políticos e administrativos de Campina Grande.
Força associativa
“Fiquei lisonjeado. Mas ele não falou acerca de minha pessoa, mas sim da função que exerço de presidente da Associação Comercial. Isso respalda o trabalho que a entidade faz”, comentou o presidente da ACCG.
Avanço
O advogado Jurandir Sousa, especializado em direito tributário e que presta assessoria à Associação Comercial, qualificou 2019 como “o ano da disrupção (mudança brusca) da relação do contribuinte com o Fisco Estadual”.
Conquista
“E 2020 será o ano!… Com quebras de padrão e de paradigmas. Nós estamos ganhando o direito à dupla visita do Fisco (em caso de notificação). Isso é dignidade nessa relação entre Fisco e contribuinte. Isso exigiu o sacrifício de muitas pessoas”, asseverou o advogado.
Unidade
Vice-presidente da ACCG, o empresário Antonio Andrade realçou a presença, naquele evento, de três ex-presidentes da entidade (Luiz Alberto Leite, Alexandre Moura e Álvaro Barros), o que denota, na opinião dele, o espírito associativista e de compromisso coletivo.
“Ficamos muito orgulhosos”, emendou.
Palpite
Alexandre Moura opinou que “acho que 2020 vai ser bem superior” a 2019 em relação à economia”.
Fronteira
O empresário Luís Alberto Leite grifou para a plateia que o Brasil vive “uma mudança de paradigma. Os desafios estão postos”.
Transição
Na qualidade de ex-presidente da ACCG, Leite afirmou que “nosso sonho é passar esse ´DNA´ aos que vão nos substituir”, citando o ´pacto´ existente na entidade, segundo o qual ninguém deve disputar mais de uma reeleição para a presidência.
Participação
“Os novos empresários precisam vir para cá e assumir o seu papel na história de Campina Grande”, acentuou, para acrescentar que “essa é uma missão difícil, mas estamos aqui para isso”.
Reconhecimento
Por fim, Luiz Alberto parabenizou Marcos Procópio porque fez “o andor andar”.
Divulgação
O último orador foi o empresário Eliézio Bezerra, que registrou a necessidade de se perseverar na propagação das ações e iniciativas da Associação Comercial, porque “muitas pessoas ainda não entendem a importância dessa grande entidade”, que este ano comemora 93 anos de existência.
Pedido de demissão
O sindicalista Wilton Maia (Urbanitários) apresentou um pedido de exoneração do cargo de ´coordenador de gestão´ do governo estadual, por discordar da postura da gestão no tocante à reforma da previdência e ao projeto que estabelece o ´marco legal´ do setor de saneamento no País.
Motivação
“A posição do governo frente ao projeto do Saneamento e ao da reforma da Previdência, defendida açodadamente pelo senhor governador e os deputados que estão do ´seu lado´, confronta o compromisso que assumi com o povo que pedi para votar no projeto que mudou a vida dos paraibanos para melhor nos últimos anos. Jamais trairei o que acredito e defendo em troca de qualquer coisa, e muito menos meus compromissos com os companheiros de lutas e de ideais”, justificou o sindicalista.
Sábado e dia de poesia
“Vamos fugir! / Deste lugar/ Baby!/ Vamos fugir/ Tô cansado de esperar/ Que você me carregue…” (música de Gilberto Gil, executada em voz e violão pelo deputado paraibano Aguinaldo Ribeiro, do PP, em festa da Associação Brasileira de Franchising, em Brasília, dias atrás).
Virando a página
Quando do recente ato de desfiliação de João Azevedo do PSB, APARTE acentuou que ele estava delimitando um novo momento na sua trajetória política e pessoal.
Na expressão então utilizada, era uma espécie de ´carta de alforria´.
Alvo definido
No primeiro pronunciamento que fez sobre o projeto de reforma da previdência estadual, o governador deixou de lado a oposição e mirou os seus ex-aliados com palavras duras e recados sem ´meias palavras´.
Leia a seguir um resumo desse discurso.
Inevitável
“Todos estados e municípios serão obrigados a adequar as suas previdências à regra que foi estabelecida pelo Congresso Nacional.
Incoerência
“Pessoas que há poucos meses faziam parte do governo, que estavam aqui dentro do governo; alguns trabalhando e outros até nem tanto. E hoje vão para as mídias dizer claramente que o governador está querendo prejudicar os servidores.
No vizinho
“O mais interessante é que essas pessoas que estão dizendo isso, vão em Pernambuco, governado pelo PSB, e (concordam) com uma reforma exatamente igual a que nós estamos apresentando.
Realismo
“Não há como não aprovar, caso contrário o Estado fica irregular. É uma questão lógica. Mas é muito fácil fazer discurso (noutros Estados). Não se trata de partido político. A Bahia já há muito tempo desconta 14% (dos salários para a previdência) e é governada pelo PT. O Ceará, também governado pelo PT, já cobra 14% (de desconto) há mais de 5 anos.
Sem escolha
“Ou seja, não se trata de questão de partido ou de ideologia. É uma necessidade real e obrigatória, por conta da legislação que foi aprovada lá em Brasília. E lutamos muito para que essa reforma não fosse muito injusta (…) Os estados são obrigados a fazer as suas alterações”.
“Não serei fantoche”
Ainda João Azevedo: “A discussão da demagogia, da hipocrisia, eu não faço. Eu sou governador e tenho responsabilidade para com este Estado. Eu tenho responsabilidade com toda a população e não vou quebrar este Estado simplesmente para fazer demagogia.
– Eu estou para governar, não estou para fazer acordo com ´meia dúzia´, como queriam que eu fizesse. Estou aqui para dizer que não serei fantoche de quem quer que seja! Vou continuar governando este Estado e tomando as decisões. Não tenho a preocupação de que vou agradar a todo mundo. Jesus Cristo não agradou a todos, imagine eu!”