Deputado fala sobre criação de CPI para fiscalizar ações do Consórcio Nordeste
Da Redação. Publicado em 11 de junho de 2020 às 21:54.
Em entrevista à Correio FM, o deputado estadual Raniery Paulino(MDB) falou sobre a investigação do uso de recursos do Consórcio Nordeste na compra mal sucedida de respiradores no valor de R$7,5 milhões de reais, e sobre a criação de uma Comissão Parlamentar Interestadual (CPI) para fiscalizar a atuação dos estados.
Sobre o consórcio, o deputado disse que acha interessante os estados se unirem para fazer compras mais vantajosas e discutirem temas em comum, mas criticou não haver portal da transparência com os gastos que são feitos pelo Consórcio.
Em contrapartida, para realizar a fiscalização do Consórcio, foi criada uma Comissão Parlamentar Interestadual, que está franqueada a todo e qualquer parlamentar do Nordeste.
“Essa reunião de deputados é custo zero e é da nossa própria estrutura de diálogo e entendimento. Nós estamos buscando informações, fiscalizando e propondo”, ressaltou.
Raniery disse que fez vários pedidos de informação ao Governo da Paraíba e não foi ouvido. Ele pontuou que o governo tem excelentes técnicos para trabalhar no serviço de inteligência e que se a empresa tivesse sido observada antes da compra dos respiradores, notaria-se que ela não era especializada em respiradores, mas sim em óleos a base de cannabis.
“Eu acho que faltou mais cuidado por parte do Governo da Paraíba colocar lá 5 milhões de reais, depois 7,5 milhões de reais, e ser o Consórcio Nordeste o depositário desses recursos”, explicou.

Foto: Ascom
O parlamentar ainda disse que chegou a 189 mil reais o valor de cada respirador e enfatizou que eles nem chegarão ao estado.
Segundo o deputado, uma parte desse recurso já foi devolvido ao Consórcio Nordeste por uma empresa da China, mas não sabe se chegou a Paraíba. Já, sobre a outra parte, ele disse que não há certeza se serão devolvidos ao estado.
Ele explicou que está procurando o empenho da transferência de quase 5 milhões para o Consórcio Nordeste.
“Se for com o dinheiro da própria receita estadual vai ter uma fiscalização. Se foi com o dinheiro liberado pelo governo federal, com recursos federais, essa investigação será com a Polícia Federal e com o STJ”, informou.
Paulino finalizou enfatizando que quer apoiar o governo da Paraíba na repatriação desses recursos, mas que é preciso que o governo seja mais transparente e menos leniente em relação a recuperação desses recursos.

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