Aesa revela qual açude tem mais urgência para a chegada das águas da Transposição
Da Redação. Publicado em 22 de novembro de 2019 às 16:54.

Foto: Paraibaonline
O presidente da Agência de Gestão das Águas do Estado da Paraíba, Porfírio Loureiro, falou sobre a chegada da água da Transposição do Rio São Francisco a Monteiro, ocorrida na última quarta-feira, 20, após 10 meses de paralisação.
Ele destacou, durante entrevista à Rádio Campina FM, que ainda não há uma previsão de quando a água deva chegar ao açude Epitácio Pessoa, pois vai depender da vazão liberada, além de obstáculos como os açudes São José, Poções e Camalaú, que abastecem as cidades de Monteiro e Camalaú, a calha do Rio Paraíba e outros.
– A calha do Rio Paraíba está preparada para receber a água da Transposição e, se em algum ponto dela tiver alguma interferência, o Estado vai atuar para resolver. Estamos esperando que a água se estabilize para determinarmos qual a vazão a ser liberada pelo portal de Monteiro, e saber qual o tempo em que essa água vai chegar no açude de Boqueirão – disse.
Dentre os três mananciais, o que mais preocupa a Aesa é o de Poções.
– Vamos ter que deixar um volume em Poções, porque é o açude que mais nos preocupa nesse momento, pois está com 2,55% da capacidade e abastece Monteiro. O Camalaú está com 5% e o São José com 7%. O retorno da Transposição é importante para colocar volume nesses açudes, como também na calha do Rio, para que, na hora que volte o período chuvoso, a água corra direto para Boqueirão e tenha uma recarga satisfatória – comentou.
Porfírio ainda disse que, se a vazão média da água for de 3,5 m³ até 4 m³ o possível prazo para o São Francisco desaguar em Boqueirão é de 30 a 35 dias e, consequentemente, se o volume for menor, o prazo se expande.
Ele ainda garantiu que a água do Epitácio Pessoa tem capacidade de abastecer a população até o final do mês de junho de 2020, e que, no momento, não há pressa para que a Transposição chegue a Boqueirão, pois há aporte.

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