Com mudanças na contribuição, receitas dos sindicatos devem cair entre 50% e 70%
Da Redação*. Publicado em 7 de março de 2019 às 12:43.
Uma medida provisória baixada pelo presidente Jair Messias Bolsonaro restringiu ainda mais as formas de pagamento das contribuições sindicais. Pela reforma da legislação trabalhista, não existe mais a obrigatoriedade do pagamento do imposto sindical, e o trabalhador passou a contribuir caso queira.
Para tentar garantir de fato o caráter voluntário dessa contribuição, o governo estabeleceu a medida que acontece da seguinte forma: o desconto não é mais em folha. O trabalhador que quer contribuir com sindicato vai receber e pagar um boleto da contribuição sindical.

Foto: Paraibaonline
Em entrevista à Rádio Campina FM, o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Campina Grande, Edmir Bernardo, expôs sua posição em relação à medida.
– É preocupante pra gente enquanto sindicato porque a gente tem uma despesa com a campanha salarial, fechar uma convenção não é fácil, se paga advogados e publica editais – afirmou.
Ele explicou como funcionava o imposto sindical, que correspondia ao salário de um dia de trabalho que antes era descontado do trabalhador no mês de março, sem sua autorização direta.
Segundo Edmir, para manter os sindicatos, era cobrada dos filiados uma taxa assistencial de cerca de 2%, a variar de um sindicato para outro.
– Eles estão tirando o direito da assembleia. O que for decidido na assembleia está decidido. É complicado. Inclusive, a mensalidade do sindicato – ponderou.
O presidente acredita que, com essa mudança, as receitas do sindicato devem cair entre 50% e 70%, e que a intenção do governo atual é de acabar com os sindicatos. Ele afirmou ainda, que irá conversar com advogados a respeito.
*As informações foram veiculadas na rádio Campina FM

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