Representante dos professores explica situação da greve da rede privada em Campina
Da Redação*. Publicado em 17 de maio de 2018 às 9:37.
O professor Ciro Linhares, diretor de comunicação do sindicato dos professores da rede privada de ensino do Agreste e da Borborema, falou em entrevista para a Rádio Panorâmica FM sobre a greve que deve ser iniciada nesta sexta-feira (18).
Ele explicou que a categoria se reuniu em assembleia no último sábado e foi decidida a deflagração de greve caso o sindicato patronal não avançasse nas reivindicações. A categoria tentou negociações na terça-feira (15), mas não obtiveram êxito.
– O sindicato tem uma atuação no cotidiano da escola em fiscalização. Recebemos denúncias, vamos às escolas, notificamos as escolas. Em geral, somos bem sucedidos nas cobranças – explicou ele sobre as solicitações vindas das escolas sobre materiais extras para além da mensalidade, motivo recorrente de reclamação dos pais.
Foto: Reprodução/ Youtube
Linhares afirmou ser uma incoerência a porcentagem de aumento de mensalidades enquanto o aumento da hora-aula é proposta no valor de R$ 0,17 para os professores.
Segundo ele, um professor chega a dar 24 horas-aula por semana e não chega a ganhar um salário mínimo sob o reajuste.
– Você compra um churros mais caro que a maioria das escolas paga de hora-aula aos professores em Campina Grande. E esse valor de hora-aula é recebido por 70% dos professores da cidade, pra vocês terem noção da precarização do trabalho do professor hoje, que passa sim por sua condição material – disse.
Ciro Linhares disse que as escolas já foram notificadas oficialmente sobre a greve e que os alunos e pais já estão conscientes e apoiando os professores em relação às reivindicações e que a categoria está extremamente mobilizada.
Ele anunciou que será realizada na sexta-feira (18) às 8h da manhã uma aula pública na Praça Clementino Procópio como forma de iniciar a greve da melhor maneira.
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